Evidências indicam que pessoas totalmente vacinadas têm menos probabilidade de infecção, incluindo assintomática, de adoecer de forma grave e de transmitir o vírus a outras pessoas. O grau de proteção, entretanto, pode variar de acordo com a resposta imunológica de cada indivíduo, das variantes do vírus em circulação e do tempo decorrido desde a vacinação.

É importante ressaltar que completar o esquema é essencial para obter a proteção máxima contra a enfermidade. Além disso, com um grande percentual da população adequadamente vacinado, podemos reduzir a circulação do vírus, as chances de infecção das pessoas que não respondem bem às vacinas ou não podem ser vacinadas e dificultar o surgimento de variantes mais agressivas.

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A partir da análise da situação epidemiológica, da verificação de queda de proteção com o tempo e do surgimento de variantes virais, foram determinados ajustes nos esquemas vacinais e introdução de doses de reforço para aumentar ou prolongar a imunidade, principalmente de grupos específicos, como idosos, imunodeprimidos e gestantes.

A vigilância epidemiológica e genômica dos vírus circulantes trarão novas informações e esclarecerão se outros reforços deverão ser administrados. A disponibilidade de vacinas adaptadas a novas variantes também será considerada nas futuras estratégias de vacinação.

O Ministério da Saúde vem ampliando de forma progressiva a quantidade de doses nos esquemas de vacinação no país (leia as notas técnicas aqui). É importante ressaltar que os estados e municípios têm autonomia para estabelecer os calendários de acordo com a disponibilidade de vacinas, situação epidemiológicas locais e estágio da campanha de vacinação. Por isso, é preciso também consultar a Secretaria Municipal de Saúde ou os meios de comunicação oficiais da prefeitura para verificar o calendário da sua cidade.

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Eficácia é a capacidade de uma vacina prevenir determinada doença. É verificada em estudos clínicos controlados, que envolvem dois grupos de voluntários: um grupo recebe a vacina em estudo e outro recebe placebo (substância imunologicamente neutra) ou uma vacina contra outra doença.

A capacidade de produzir anticorpos e a capacidade de prevenir a doença é então comparada. Quando se fala que uma vacina tem 95% de eficácia, significa que as pesquisas demonstraram que o número de pessoas vacinadas que se infectaram foi 95% menor do que o das pessoas que não receberam a vacina (grupo placebo).

Estes estudos clínicos envolvem muitos voluntários e seguem regras rígidas. Os resultados são revisados por especialistas independentes e por órgãos regulatórios, que verificam a robustez dos dados e das conclusões apresentadas. As vacinas só podem ser aprovadas para aplicação caso a segurança e a eficácia pretendidas sejam comprovadas.

Todas as vacinas licenciadas para uso emergencial ou registradas no Brasil alcançaram os parâmetros de segurança e eficácia estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Os resultados dos testes de Fase 3 da vacina do Instituto Butantan/Sinovac (Coronavac) foram muito bons, embora tenham gerado desconfiança em parte da população pela divulgação deste percentual de eficácia. Para entender estes dados é preciso separar as informações:

  • Eficácia global de 50,4%: significa que o risco de ter a doença com sintoma, em qualquer grau, diminui pela metade.
  • Eficácia de 78% contra casos que necessitam de assistência médica: significa que a maioria dos vacinados tem casos leves, que podem ser tratados em casa. Esse dado é extremamente relevante porque reduzirá muito o número de pessoas que precisam de internação e assistência médica, reduzindo a sobrecarga do sistema de saúde.
  • Eficácia próxima de 100% contra casos graves e mortes.
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As evidências demonstram que há alguma perda de eficácia na prevenção da infecção a depender da variante viral circulante, sobretudo com esquemas incompletos. No entanto, as vacinas originais continuam cumprindo seu principal papel em relação a eficácia: mesmo com aumento de casos por novas variantes, a maioria dos pacientes graves e internados são pessoas que não se vacinaram.

Essa questão é acompanhada de perto pela ciência e já foram aprovadas e disponibilizadas para a população vacinas que contemplam antígenos de novas variantes. Da mesma forma, as modificações de esquemas vacinais e introdução de doses de reforço vêm sendo constantes, a fim de prolongar ou incrementar a capacidade de proteção também em cenário de contra as variantes.

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As vacinas foram aprovadas ao redor do mundo por apresentaram bom perfil de segurança em seus estudos. A maioria dos registros é de casos leves a moderados, que se resolvem em poucos dias. Os eventos adversos graves, sobre os quais trataremos em outras respostas a seguir, são raros. Hoje, após mais de dois anos de utilização em larga escala por todo o mundo, esse perfil foi confirmado.

As vacinas aprovadas no Brasil apresentam um perfil de segurança semelhante ao das outras que utilizamos há anos. Elas não causam efeitos colaterais importantes na maioria das pessoas que as recebem. Os eventos mais comuns são dor no local da injeção e febre. Outros sintomas observados são aparecimento de gânglios, cansaço, mialgia, dor de cabeça e outros, que cessam em poucos dias.

É importante destacar que, após a aplicação em milhões de pessoas, alguns poucos e raros eventos inesperados ou não verificados nos ensaios pré-aprovação foram registrados. Os serviços de vigilância têm exercido um acompanhamento rigoroso e relatórios são publicados periodicamente pelo Ministério da Saúde. Não podemos esquecer que o risco de raros eventos adversos graves pós-vacinais é muito menor do que as consequências e complicações da própria covid-19.

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Episódios de hipersensibilidade imediata grave (anafilaxia), que exigem injeção imediata de adrenalina ou suporte hospitalar, podem ocorrer após qualquer vacina, inclusive as vacinas Covid-19. Mas até o momento poucos casos foram registrados no Brasil.

Recomenda-se, de todo modo, que a administração de qualquer vacina seja feita em local com estrutura para atendimento e com profissionais capacitados para reconhecer rapidamente os primeiros sinais e tratar a reação.

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Estima-se que o potencial máximo de proteção seja atingido cerca de duas semanas após a última dose do esquema primário.

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A proteção conferida pela doença, chamada de “imunidade natural”, pode variar de pessoa para pessoa. Como estamos lidando com uma nova doença e com um vírus de comportamento muito peculiar, esse tempo ainda é incerto. As evidências sugerem que é incomum contrair a doença uma outra vez em menos de 90 dias após a infecção anterior.

Também já observamos perda de proteção vacinal após a vacinação, mas a infecção de pessoas com o esquema vacina completo (incluindo as doses de reforço) é menos frequente nos primeiros quatro meses após a vacinação. O acompanhamento da pandemia, dos indivíduos vacinados e do surgimento de variantes mais transmissíveis, na vigência de vacinação em massa no mundo real, tem trazido cada vez mais evidências sobre o que podemos esperar em termos de duração de proteção pelas vacinas.

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Nenhuma vacina tem 100% de eficácia. É possível desenvolver a doença após a vacinação, mas as chances de covid-19 grave são baixas.

A verificação de queda de proteção com o tempo após a vacinação, refletida na observação de casos de doença em previamente vacinados, permitiu concluir a necessidade de doses adicionais para garantir a imunidade por mais tempo.

Por esse motivo, o Ministério da Saúde define as recomendações de uma ou mais doses de reforço, de acordo com idade, presença de imunodepressão e outras situações de aumento de suscetibilidade à covid-19. Veja recomendações atualizadas aqui.

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A imunidade coletiva, ou de rebanho, é obtida quando a maior proporção de indivíduos em uma comunidade está protegida, seja porque teve a doença ou porque foi vacinada. Com poucas pessoas vulneráveis, a circulação do agente que causa a doença cai, protegendo de modo indireto aqueles que não estão imunizados.

A porcentagem necessária de vacinados para conseguirmos a imunidade de rebanho varia de acordo com a doença e com a efetividade da vacina. Ainda faltam informações sobre qual o percentual exato de imunizados é necessário para a adequada imunidade coletiva contra a Covid-19, sobretudo se consideramos a possibilidade de surgimento de variantes que podem escapar às vacinas. Contudo, dada a grande capacidade de contágio do SARS-CoV-2 (inclusive por assintomáticos), quanto maior a cobertura vacinal, maior a redução na circulação viral, menor a transmissão e, consequentemente, menor a chance de os vírus produzirem variantes.

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