Além de viver mais, todos queremos viver bem! As vacinas são aliadas desse projeto de vida, por essa razão é tão importante manter o calendário de vacinação em dia.
Isso mesmo, não são apenas as crianças que precisam desse cuidado e é para informar sobre ele que a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) criou a campanha "Quem é Sênior, Vacina", apoiada pelas sociedades brasileiras de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e de Infectologia (SBI).
Com toda a sua experiência, você já sabe a importância da prevenção. Agora, saiba mais sobre o impacto positivo das vacinas para ter ainda mais êxito nos cuidados com a sua saúde. Afinal, você merece essa informação.
No Brasil, a expectativa de vida já ultrapassa os 75 anos1, mas o ideal é que ela esteja associada à qualidade de vida. Nesse sentido, a vacinação é medida fundamental, pois ajuda a evitar doenças sérias e/ou agravamento de doenças crônicas de base, comuns na faixa etária acima dos 60 anos.
Pessoas vacinadas têm mais condições de enfrentar adversidades associadas à ação de vírus e bactérias, portanto, independentemente da idade, todos devem estar com a vacinação em dia.
As doenças imunopreveníveis causam de 50 mil a 70 mil mortes nos Estados Unidos todos os anos.2
Veja o impacto de algumas:
No futuro, ao longo da vida das pessoas que nasceram nos Estados Unidos entre 1994 e 2013, as vacinas evitarão:
Converse com seu médico e cuide-se bem!
Você sabia que existem 9 vacinas que protegem os maiores de 60 anos contra 13 doenças? Cinco delas são indicações de rotina: gripe, pneumonia pneumocócica, tríplice bacteriana do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche), hepatite B e herpes zóster. Já as que previnem a febre amarela, a hepatite A, as meningites ACWY e a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) são recomendadas em situações especiais, após avaliação médica.
O que está esperando para se proteger? Certifique-se com o seu médico de que você não tem nenhuma condição que contraindique a vacinação e imunize-se!
A primeira vacina, contra a varíola, foi desenvolvida por Edward Jenner, em 1796. A tecnologia evoluiu muito desde então, mas o princípio de funcionamento permanece o mesmo.
As vacinas são elaboradas a partir de vírus e bactérias enfraquecidos ou mortos. Quando o sistema imunológico entra em contato com esses agentes, produz anticorpos para combatê-los da mesma forma que faria caso enfrentasse a versão original.
O resultado da "batalha simulada" é o que chamamos de memória imunológica, ou seja, se houver uma futura infecção, o nosso organismo lidará com a ameaça antes que ela seja capaz de causar qualquer dano.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a invenção da vacina o segundo maior avanço da humanidade em termos de saúde, atrás apenas da melhoria nas condições de saneamento. Ainda de acordo com o órgão, se consideradas apenas a tríplice viral e a tríplice bacteriana, a imunização é capaz de prevenir de 2 a 3 milhões de mortes todos os anos.8
Números tão expressivos seriam impossíveis se não houvesse um trabalho cuidadoso para garantir a máxima eficácia e segurança. Assim como os medicamentos, as vacinas passam por algumas etapas antes de chegar até você:
E não para por aí. A partir do momento em que passa a ser comercializada, há um trabalho constante para monitorar e investigar reações adversas inesperadas ou o aumento da incidência de doenças que possa estar ligado às vacinas. Se qualquer problema for encontrado, será investigado e a comercialização poderá ser suspensa.
Não acredite em correntes que dizem que as vacinas são perigosas. Busque informações de fontes confiáveis e previna-se.
ATENÇÃO: Algumas vacinas não disponíveis nas UBSs são oferecidas a pessoas com doenças crônicas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). Para conhecer a relação, acesse o "Calendário de Vacinação SBIm - Pacientes Especiais" e consulte o seu médico para obter mais informações e o encaminhamento.
Confira os depoimentos da presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai; do infectologista Guido Levi; do Doutor em Geriatria pela EPM-Unifesp, João Toniolo Neto; da presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo (SBGG-SP), Maisa Kairalla; e do presidente da SBGG Nacional, José Elias Soares Pinheiro.
Drauzio Varella, Pedro Bandeira, Virgínia Veiga e outras pessoas que passaram por essa experiência têm um recado para você.
Apesar de a vacina influenza ser elaborada a partir de vírus mortos,
há pessoas que juram pela própria vida que ficaram gripadas após se vacinar. Isso pode acontecer?
Referências
1) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015 - Breve análise da evolução da mortalidade no Brasil. Disponível aqui. Acesso em 08/02/2017.
2) NFID. NFID Initiative Drives Efforts to Educate the Public About Vaccine-Preventable Diseases Affecting Adults. The Double Helix. Vol. 34, No. 1, mai. 2009, p. 5. Disponível aqui. Acesso em 09/02/2017.
3) CDC. Estimates of deaths associated with seasonal influenza – United States, 1976-2007. MMWR. 2010;59(33):1057-1062.
4) Active Bacterial Core Surveillance (ABCs) Report Emerging Infections Program Network - Streptococcus pneumoniae, 2010. Disponível aqui. Acesso em 08/02/2017
5) CDC. Notifiable Diseases and Mortality Tables. MMWR 2013. 61(51&52): ND-719 – ND 732.
6) CDC. Viral Hepatitis Surveillance United States, 2010. National Center for HIV/AIDS, Viral Hepatitis, STD& TB Prevention/Division of Viral Hepatitis.
7) CDC. Prevention of Herpes Zoster. MMWR 2008. 57(RR-5): 1-30.
8) World Health Organization (WHO). Immunization Coverage – Fact Sheet - Setembro/2016. Disponível aqui. Acesso em 08/02/2017.
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