Pacientes especiais

Pessoas com asplenia anatômica ou funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas a alterações no baço

Por que o cuidado especial?

O baço, órgão situado no abdômen, atua na produção de anticorpos, na remoção de partículas não desejadas e como um reservatório para as células do sangue, especialmente os leucócitos (células de defesa) e as plaquetas (responsáveis pela coagulação). Desta forma, tanto seu mau funcionamento (asplenia funcional) quanto sua ausência (asplenia anatômica) deixam a pessoa mais vulnerável à infecção por algumas bactérias, como pneumococos, meningococos e o Haemophilus influenzae b, que possuem cápsulas em sua estrutura e são combatidas principalmente pelo órgão.

Vacinas especialmente recomendadas

As recomendações a seguir destinam-se às pessoas que têm asplenia anatômica ou funcional; hemoglobinopatias, como anemia falciforme; doenças de depósito e outras doenças associadas à disfunção esplênica sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de outras condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.

É importante ressaltar que pessoas que serão submetidas à retirada do baço eletiva (planejada) devem receber as vacinas contra bactérias encapsuladas (meningococo, pneumococo e Haemophilus influenzae b) idealmente até duas semanas antes da cirurgia. Caso não seja possível, a vacinação deve ser feita a partir de duas semanas após a cirurgia, o mais precocemente possível.

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir de 9 anos: uma dose anual;
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas: conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de pessoas com asplenia anatômica ou funcional, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como os asplênicos. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é vacina utilizada na rotina para crianças até antes de completar 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades.

A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação.

Nas UBS e nos CRIE

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS e a terceira nos CRIE. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com intervalo de cinco anos.

Recomendações da SBIm 

A SBIm recomenda para os asplênicos a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que já estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo dependem da idade de início da vacinação:

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
  • Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
  • Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
  • VPC13:
    • Serviços privados de vacinação;
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses;
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado o envio da vacina. 

Haemophilus influenzae b

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação:

  • Entre 2 e 6 meses: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 12 e 15 meses de idade;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 12 e 15 meses de idade;
  • A partir de 1 ano de idade não vacinados ou que não receberam reforço: uma dose.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado o envio da vacina.

Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)

Sempre que possível, preferir a vacina meningocócica conjugada ACWY, que oferece proteção contra mais tipos de meningococos.

Esquema de doses

O esquema de doses primário depende da idade de início da vacinação:

  • Menores de um ano: consulte o Calendário de vacinação SBIm - Criança;
  • A partir de 1 ano e não vacinados: duas doses, com intervalo de dois meses;
  • São necessárias doses de reforço a cada 5 anos ao longo da vida;
  • Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY aos 5, 11 e 16 anos ou com intervalos de 5 anos na infância e adolescência. Além disso, para asplênicos, reforços a cada cinco anos ao longo de toda a vida.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • MenC:
    • CRIE, com um reforço cinco anos após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária.
    • Serviços privados de vacinação.
  • MenACWY:
    • UBS ou CRIE: para adolescentes de 11 e 12 anos;
    • Serviços privados de vacinação.


Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado o envio da vacina.

Meningocócica B

Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.

Esquema de doses

  • Crianças: esquema básico de acordo com os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Adolescentes e adultos: o número de doses varia de acordo com a faixa etária e o laboratório produtor. O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.
  • Atenção: Uma dose de reforço deve ser aplicada um ano após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. Além disso, revacinar a cada dois ou três anos.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação

Hepatite A

Esta vacina é especialmente recomendada para pessoas com hemoglobinopatias e doença de depósito.

Esquema de doses

  • Crianças a partir de 1 ano de idade: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses;
  • Adolescentes e adultos suscetíveis não vacinados anteriormente: duas doses com intervalo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado o envio da vacina.

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Consultar calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Importante: em vigência de imunossupressão grave, como pacientes em uso de hidroxiureia e contagem de neutrófilos inferior a 1.500 células/mm3, as vacinas vivas atenuadas estão contraindicadas: BCG, rotavírus, pólio oral (VOP), febre amarela, SCR, varicela, SCR-V, dengue e herpes-zóster atenuada. Se o paciente for moderadamente imunocomprometido, devem ser avaliados parâmetros clínicos e o risco epidemiológico para tomada de decisão para a recomendação das vacinas atenuadas.

Vacinacão de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com asplenia anatômica ou funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas a disfunções do baço estejam em dia com os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Saiba mais

Pessoas que vivem com diabetes

Por que o cuidado especial?

Sabe-se que a hiperglicemia – alta concentração de açúcar no sangue, comum em quem vive com diabetes – afeta múltiplos mecanismos do sistema imunológico e aumenta a chance de infecções e suas complicações, incluindo o óbito. Confira algumas doenças que podem ser mais graves em diabéticos:

Influenza (gripe)
Pessoas que vivem com diabetes estão entre os indivíduos com maior chance de desenvolver formas graves da doença, necessitar de hospitalização e até morrer. No Brasil, cerca de 70% das mortes por influenza (gripe) ocorrem em indivíduos pertencentes aos grupos de risco. Desses, entre 20% e 30% têm diabetes mellitus.
Pneumonia pneumocócica
Pessoas que vivem com diabetes têm risco 50% maior para este tipo de pneumonia e até 4,5 vezes maior para as doenças pneumocócicas mais graves (chamadas de invasivas), como meningite e infecção generalizada/septicemia. Existe alta probabilidade de hospitalização, inclusive em unidades de terapia intensiva.
Herpes-zóster
Dados americanos demonstram um risco três vezes maior de herpes-zóster, popularmente chamada de “cobreiro”, entre pessoas que vivem com diabetes acima de 65 anos. Em mais jovens, o risco é de 1,3 a duas vezes maior.
Hepatite B
O diabetes tipo 2 duplica nos infectados crônicos pelo vírus da hepatite B a possibilidade de complicações hepáticas, como cirrose, câncer, necessidade de transplante hepático e morte. A recíproca é verdadeira: a infecção pelo vírus da hepatite B aumenta a probabilidade de complicações decorrentes do diabetes.

Os dados evidenciam a importância de a pessoa com diabetes manter atualizado o calendário de vacinação para a sua faixa etária, incluindo as vacinas não previstas na vacinação de rotina do sistema público para a população em geral.

Vacinas especialmente recomendadas

As recomendações a seguir destinam-se a pessoas com diabetes e sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir de 9 anos: uma dose anual;
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradoura conferida pelas vacinas influenza a idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de pessoas que vivem com diabetes, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para mais sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como os diabéticos. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades. A vacina VPC13 não está disponível na rede pública para pessoas com diabetes.

A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação.

Nas UBS e nos CRIE

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois.  Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com cinco anos de intervalo.

Recomendações da SBIm

A SBIm recomenda para pessoas com diabetes a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e os intervalos dependem da idade de início da vacinação:

  • Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos já vacinados com vacinas conjugadas (VPC10 ou VPC13): respeitar intervalo de dois meses em relação à última dose da vacina conjugada e aplicar a VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos depois;
  • Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
  • Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
  • VPC13:
    • Serviços privados de vacinação.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses;
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

Esquema de doses

  • Consultar calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
  • É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal uma única vez.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS, CRIE e serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Herpes-zóster

A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para pessoas com diabetes a partir de 50 anos, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA).

Esquema de doses

  • Duas doses, com intervalo de dois meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui);

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Importante: Na presença de imunodepressão as vacinas atenuadas BCG, VOP (poliomielite oral), rotavírus, tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola, varicela), varicela, febre amarela, herpes-zóster atenuada e dengue estão contraindicadas.

Vacinacão de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas que vivem com diabetes estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Pessoas com cardiopatia e/ou pneumopatia crônicas

Por que o cuidado especial?

A vacinação de pessoas com doenças pulmonares ou cardíacas crônicas é extremamente importante, na medida em que as infecções tendem a ser mais graves e podem descompensar ou agravar a doença de base. Vírus e bactérias respiratórios, como os que causam a gripe e a pneumonia, estão entre os que demandam atenção. Confira algumas informações:

Influenza (gripe)
No Brasil, cerca de 70% das mortes por influenza (gripe) ocorrem em indivíduos pertencentes aos grupos de risco. Desses, entre 20 e 30% têm doença cardiovascular ou pulmonar crônica. Além disso, estudos demonstram que o vírus influenza aumenta as chances de infarto do miocárdio.
Pneumonia pneumocócica
Causadas pela bactéria pneumococo, a pneumonia e as doenças pneumocócicas invasivas (como meningite ou infecção generalizada/septicemia) – formas mais graves da infecção e que frequentemente levam à hospitalização ou à morte – são fontes de importante preocupação. O risco de doença invasiva é sete vezes maior entre pessoas com enfermidades crônicas no pulmão e dez vezes maior entre pessoas com enfermidades crônicas no coração.
Coqueluche
Embora o risco de contrair a doença não seja maior, como no caso de outras infecções respiratórias, a coqueluche tem mais chance de evoluir com gravidade ou causar complicações das doenças de base pulmonares e cardíacas.
Herpes-zóster
A probabilidade de acidentes cardiovasculares é elevada nos meses seguintes ao desenvolvimento de herpes-zóster (HZ), também conhecido como “cobreiro”. A vacinação de adultos acima de 50 anos contribui para evitar a HZ e suas complicações.

Vacinas especialmente recomendadas

As recomendações a seguir destinam-se a pessoas com pneumopatia ou cardiopatia crônicas sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, ou caso seja candidato a transplante ou transplantado, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir de 9 anos: uma dose anual;
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradoura conferida pelas vacinas influenza a idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de pessoas com cardiopatia e/ou pneumopatia crônicas, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para mais três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como cardiopatas e pneumopatas crônicos. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades. A vacina VPC13 não é oferecida pelo sistema público para esses pacientes.

A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação.

Nas UBS e nos CRIE

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses:  duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com cinco anos de intervalo.

Recomendações da SBIm

A SBIm recomenda para os cardiopatas e pneumopatas crônicos a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10.  O número de doses e os intervalos dependem da idade de início da vacinação:

  • Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade já vacinados anteriormente com vacinas conjugadas (VPC10 ou VPC13): respeitar intervalo mínimo de dois meses em relação à última dose da vacina conjugada e aplicar a VPP23. Uma segunda dose deve ser aplicada cinco anos depois;
  • Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
  • Observações:
    • Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser aplicada nos CRIE.
  • VPC13:
    • Serviços privados de vacinação.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses;

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Tríplice bacteriana (DTPw, DTPa e dTpa) e suas combinações e dupla do tipo adulto (dT)

Previnem coqueluche, tétano, difteria e, no caso das combinações, outras doenças. O uso das vacinas acelulares (DTPa, dTpa e suas combinações) é preferível por causar menos reações do que as vacinas de células inteiras (DTPw e DTPw-HB/Hib).

Esquema de doses

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Herpes-zóster

A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para cardiopatas e pneumopatas crônicos a partir de 50 anos de idade — especialmente àqueles com risco aumentado de distúrbios cardiovasculares. A indicação é válida mesmo para quem já teve a doença e/ou foi previamente vacinado com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA). O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.

Esquema de doses

  • Duas doses, com intervalo de dois meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte calendários SBIm de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Em caso de transplante de pulmão ou coração, ver Calendário de vacinação SBIm para candidatos a transplante de órgãos sólidos ou transplantados.

Vacinacão de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com doenças crônicas do coração e/ou pulmão estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Pessoas com doenças crônicas do fígado (hepatopatias)

Por que o cuidado especial?

As doenças crônicas do fígado (hepatopatias) representam um sério problema de saúde pública. Entre suas múltiplas causas, as principais são: infecção pelos vírus das hepatites B e C e hepatite causada pelo consumo excessivo de álcool. As formas crônicas, que evoluem ao longo do tempo, podem levar à cirrose e à necessidade de transplante de fígado.

O cuidado com pessoas nessas condições deve incluir a vacinação, uma vez que as infecções podem ser mais graves ou ainda descompensar ou agravar o quadro clínico. Em relação às infecções virais hepáticas, que lesariam ainda mais o fígado, e às infecções respiratórias (gripe e pneumonia pneumocócica), a atenção precisa ser redobrada. Confira algumas informações que reforçam a importância da vacinação.

Influenza (gripe)
A influenza (gripe) é uma infecção potencialmente grave, sobretudo para pessoas com doenças crônicas. No Brasil, cerca de 70% das mortes pela doença ocorrem em indivíduos pertencentes aos grupos de risco.
Pneumonia pneumocócica
Causadas pela bactéria pneumococo, a pneumonia e as doenças pneumocócicas invasivas (como meningite ou infecção generalizada/septicemia) – formas mais graves da infecção e que frequentemente levam à hospitalização ou à morte – são fontes de importante preocupação para as pessoas com hepatopatias crônicas, sobretudo para aquelas com hepatopatia alcoólica. Nesses casos, o risco de doença invasiva é cerca de 11 vezes maior do que no restante da população.
Hepatites A e B
Causadas por vírus, as hepatites A e B podem aumentar consideravelmente o risco de consequências graves em pessoas que já têm hepatopatias crônicas. Se a doença prévia é decorrente de hepatite B ou C, a infecção não raramente favorece a progressão da doença hepática e a evolução para cirrose e câncer do fígado.

Vacinas especialmente recomendadas

As recomendações a seguir destinam-se a pessoas com hepatopatia crônica sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, ou caso seja candidato a transplante ou transplantado, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose nos anos seguintes;      
  • A partir de 9 anos: uma dose anual;
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradoura conferida pelas vacinas influenza a idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas: conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de pessoas com doença hepática crônica, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes: iniciando com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para mais três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como os hepatopatas crônicos. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças até menores 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível apenas para hepatopatas imunodeprimidos, ou seja, em tratamento com imunossupressores, candidatos a transplante de fígado ou transplantados.

A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação.

Nas UBS e nos CRIE:

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses:  duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com cinco anos de intervalo.

Recomendações SBIm

A SBIm recomenda para os hepatopatas a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e os intervalos dependem da idade de início da vacinação:

  • Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13. com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade já vacinados anteriormente com vacinas conjugadas (VPC10 ou VPC13): respeitar intervalo mínimo de dois meses em relação à última dose da vacina conjugada e aplicar a VPP23. Uma segunda dose deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
  • VPC13:
    • Serviços privados de vacinação.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses;
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

Esquema de doses

  • Consultar calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Nos estágios precoces da doença: três doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda, e de seis meses entre a primeira e a terceira;
  • Nos casos de hepatopatia grave ou transplante hepático: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0-1-2-6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária;
  • É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal uma única vez.

Onde se vacinar

  • UBS: esquema de três doses para hepatopatas em estágio inicial e não imunodeprimidos;
  • CRIE: esquema de quatro doses dobradas para hepatopatas graves, candidatos ou transplantados de fígado;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina. 

Hepatite A

Esquema de doses

  • Crianças a partir de 1 ano de idade: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses;
  • Adolescentes e adultos suscetíveis não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)

Sempre que possível, preferir a vacina meningocócica conjugada ACWY, que previne mais tipos de meningococos.

Esquema de doses

  • Consultar calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Na vigência de imunodepressão ou em caso de transplantados ou candidatos a transplante, consultar o calendário específico;
  • Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY — aos 5, 11 e 16 anos — ou com intervalos de cinco anos durante toda infância e adolescência.

Onde se vacinar

MenC:

  • UBS: para menores de 5 anos;
  • CRIE e serviços privados de vacinação.

MenACWY:

  • UBS: para adolescentes de 11 e 12 anos;
  • Serviços privados de vacinação: para qualquer idade.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócica B

Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.

Esquema de doses

  • Crianças e adolescentes: ver calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses. O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina. Para esquema de doses e onde se vacinar, acesse os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Importante: na presença de imunodepressão, as vacinas atenuadas BCG, VOP (poliomielite oral), rotavírus, tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola, varicela), varicela, febre amarela, herpes-zóster e dengue estão contraindicadas.

Em caso de transplante hepático, ver Calendário de vacinação SBIm para candidatos a transplante de órgãos sólidos ou transplantados.

Vacinacão de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com doenças crônicas de fígado estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Pessoas com doençaa renal crônica

Por que o cuidado especial?

A doença renal crônica (DRC) prejudica gradativamente as defesas do organismo. Com a evolução do quadro, a pessoa pode ficar cada vez mais suscetível a infecções e suas complicações. Dessa forma, a vacinação é extremamente importante e deve ser iniciada o quanto antes, sobretudo quando há indicação de transplante e/ou terapia imunodepressora.

Confira alguns dados:

Influenza (gripe)
No Brasil, cerca de 70% das mortes por influenza (gripe) ocorrem em indivíduos que fazem parte dos grupos de risco. Desses, cerca de 10% têm doença renal crônica.
Pneumonia pneumocócica
Causadas pela bactéria pneumococo, a pneumonia e as doenças pneumocócicas invasivas (infecção generalizada/septicemia) – formas mais graves da infecção e que costumam levar à hospitalização ou à morte – são fontes de importante preocupação para pessoas com DRC, principalmente para aquelas com a doença em fase avançada ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores.
Hepatite B
Indivíduos em hemodiálise apresentam elevado risco de infecão pelo vírus da hepatite B. Recomenda-se a vacinação contra a hepatite B para todos os pacientes renais crônicos, de preferência antes de se tornarem dependentes de diálise. Nos que estão em hemodiálise, é fundamental fazer controle sorológico anual e aplicar doses de reforço quando os níveis de anticorpos estiverem abaixo do considerado protetor.

Vacinas especialmente recomendadas

As recomendações a seguir destinam-se às pessoas com doença renal crônica sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, ou caso seja candidato a transplante ou transplantado, consulte os calendários de vacinação para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir de 9 anos: uma dose anual;
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza a idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose” (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas: conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de pessoas com doença renal crônica, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como nefropatas. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é vacina utilizada na rotina para crianças até antes de completar 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível apenas para transplantados.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação.

Nas UBS e nos CRIE:

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses:  duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira.

Recomendações da SBIm

A SBIm recomenda para pacientes com doença renal crônica a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que já estão em dia com o calendário da VPC10. O esquema depende da idade de início da vacinação:

  • Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco depois;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade já vacinados anteriormente com vacinas conjugadas (VPC10 ou VPC13): respeitar intervalo mínimo de dois meses em relação à última dose da vacina conjugada a aplicar a VPP23. Uma segunda dose deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
  • Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE;
  • VPC13:
    • CRIE: para transplantados maiores de 5 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC10;
    • Serviços privados de vacinação.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses;
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

Recomenda-se a vacinação contra hepatite B para todos os pacientes renais crônicos, de preferência antes de se tornarem dependentes de diálise.

Esquema de doses

  • Quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária;
  • É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.
  • Em caso de hemodiálise, o exame anti-HBs deve ser repetido anualmente. Sempre que o resultado for inferior a 10 mUI/mL, será necessária uma dose de reforço.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite A

Esquema de doses

  • Crianças a partir de 1 ano de idade: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses;
  • Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Importante: na presença de imunodepressão, as vacinas atenuadas BCG, poliomielite oral, rotavírus, tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola, varicela), varicela, febre amarela, herpes-zóster e dengue estão contraindicadas.

Em caso de transplante renal, ver Calendário de vacinação SBIm para candidatos a transplante de órgãos sólidos ou transplantados.

Vacinação de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com doenças crônicas do rim estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Vacinação de pessoas com câncer ou em uso de drogas imunodepressoras

Por que o cuidado especial?

Pessoas com câncer ou em tratamento com drogas imunossupressoras têm o sistema de defesa do organismo comprometido, o que aumenta a probabilidade de infecções e suas complicações, inclusive morte, muitas delas preveníveis por vacinas. Imunizar essa população é essencial, mas requer avaliação das vulnerabilidades específicas e algumas precauções.

Particularidades para a vacinação

Idealmente, todas as vacinas recomendadas deveriam ser aplicadas antes do início da terapia imunossupressora, seja quimioterapia ou radioterapia, tanto por uma questão de segurança quanto para conseguir melhor eficácia vacinal. Para as vacinas inativadas, é preciso terminar os esquemas ao menos duas semanas antes; para as atenuadas, pelo menos quatro semanas antes (ou no mínimo 15 dias, se o prazo maior for inviável).

A necessidade de combater com agilidade e rapidez o câncer ou outras doenças que precisam ser tratadas com drogas imunossupressoras, no entanto, nem sempre permite respeitar os intervalos recomendados. Se preciso, vacinas inativadas podem ser administradas durante o tratamento com segurança, embora possa haver prejuízo à resposta imunológica, o que pode demandar a revacinação após a interrupção do tratamento e a recuperação do sistema imunológico.

As vacinas vivas atenuadas, por outro lado, não devem ser administradas durante o tratamento imunossupressor pelo risco de o antígeno vacinal, mesmo enfraquecido, causar doença no imunodeprimido. Depois do término do tratamento e da recuperação da função do sistema imune, são recomendadas, mas há restrições (consulte “Outras recomendações”).  

Seja qual for o cenário, a fim de reduzir o risco de transmissão, pessoas em contato domiciliar ou frequente e equipes responsáveis pelo atendimento do paciente imunodeprimido precisam estar com seus calendários em dia, de acordo com as recomendações de rotina e, por vezes, de recomendações específicas de determinadas vacinas, a fim de reduzir o risco de transmissão. Saiba mais nos Calendários de Vacinação SBIm para cada faixa etária e no Calendário Nacional de Vacinação do PNI.

Vacinas especialmente recomendadas

As recomendações a seguir destinam-se às pessoas com câncer ou em uso de drogas imunossupressoras que não têm enfermidades crônicas adicionais. Na presença de outros quadros, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir dos 9 anos de idade: uma dose anual;
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas: conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de pessoas com câncer ou em uso de drogas imunossupressoras, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como pacientes com câncer ou em tratamento imunossupressor. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas a imunodepressão. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível para crianças a partir de 5 anos que não foram vacinadas anteriormente.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação:

Nas UBS e nos CRIE

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até os 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 5 anos de idade:
    • Pacientes oncológicos não vacinados anteriormente com a VPC10: uma dose de VPC13, seguida por uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser cinco anos após a primeira VPP23.
    • Pacientes em tratamento imunossupressor devido a outras doenças, independentemente do histórico vacinal, ou pacientes com câncer que receberam uma dose de VPC10, mas não completaram o esquema: duas doses de VPP23, com intervalo de cinco anos.

Recomendações da SBIm

A SBIm recomenda, para pacientes com câncer ou imunodeprimidos a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que já estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo dependem da idade de início da vacinação:

  • Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 a partir dos 24 meses de idade, pelo menos dois meses após a segunda VPC13. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
  • Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
  • Aqueles que iniciaram o esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS e/ou CRIE, para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina na rotina infantil. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
  • VPC13:
    • CRIE: dose única para pacientes oncológicos maiores de 5 anos de idade, mas não disponibilizada para pacientes em tratamento imunossupressor por outras patologias.
    • Serviços privados de vacinação.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses;
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Haemophilus influenzae b (Hib)

A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas com câncer — crianças mais velhas, adolescentes e adultos — ou em pessoas em uso de drogas imunossupressoras, o risco permanece.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação:

  • Entre 2 e 6 meses: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 12 e 15 meses de idade;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 12 e 15 meses de idade;
  • A partir de 1 ano de idade não vacinados ou que não receberam reforço: duas doses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)

Sempre que possível, preferir a vacina meningocócica conjugada ACWY, que oferece proteção contra mais tipos de meningococos.

Esquema de doses

O esquema de doses depende da idade de início da vacinação:

  • Menores de dois anos: consulte o Calendário de vacinação SBIm – Criança;
  • A partir de 2 anos não vacinados: uma dose. Se imunossuprimido, duas doses com intervalo de dois meses.
  • São necessárias doses de reforço a cada 5 anos ao longo da vida, enquanto durar a imunodepressão.

Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY aos 5, 11 e 16 anos ou com intervalos de 5 anos na infância e adolescência. Além disso, para pessoas com câncer ou em uso de drogas imunossupressoras, reforços a cada cinco anos ao longo de toda a vida, enquanto durar a imunodepressão. Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • MenC
    • UBS: para menores de 5 anos;
    • CRIE: para todas as faixas etárias, incluindo reforços a cada 5 anos, enquanto durar a imunodepressão;
    • Serviços privados de vacinação.
  • ACWY
    • UBS ou CRIE: para adolescentes de 11 e 12 anos;
    • CRIE: para pessoas com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), em uso de eculizumabe, acima de 14 anos;
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócica B

Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.

Esquema de doses

  • Crianças e adolescentes: consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses ou de seis meses (a depender da vacina). O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Hepatite A

Esquema de doses

  • Crianças: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
  • Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

Esquema de doses

  • Crianças, adolescentes e adultos: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 – 1 – 2 – 6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
  • É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.

HPV4

Esquema de doses

  • Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
  • CRIE:
    • Três doses para pessoas com câncer de 9 a 45 anos;
    • Três doses para pessoas em uso de drogas imunossupressoras de 9 a 26 anos, a depender da doença de base;
    • Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária.
  • Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Herpes-zóster

A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para imunodeprimidos a partir de 18 anos, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA) antes de entrar em imunodepressão. O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.

Quando possível, administrar a vacina antes do início da quimioterapia, tratamento com imunossupressores, radioterapia ou esplenectomia. Se não for viável, vacinar no melhor momento, evitando o período de maior comprometimento imunológico, pois a proteção conferida pela vacina pode não ser ideal. Em pacientes em uso de anticorpos monoclonais anticélulas B, como rituximab, a vacina deve ser administrada pelo menos quatro semanas antes da próxima dose do medicamento.

Atenção: a vacina atenuada (VZA) é contraindicada para imunodeprimidos.

Esquema de doses

  • Duas doses da vacina VZR, com intervalo de dois meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

As vacinas abaixo estão contraindicadas em vigência de imunossupressão grave. Recomenda-se administrá-las preferencialmente de três a quatro semanas (mínimo de 15 dias) antes do tratamento imunossupressor ou após a interrupção, respeitando intervalos que variam de acordo com a avaliação individual do paciente e os medicamentos utilizados (saiba mais).

Observação: durante o tratamento, se o grau de imunodepressão for moderado, o(a) médico(a) poderá avaliar a aplicação das vacinas febre amarela, tríplice viral ou tetraviral, a partir de parâmetros clínicos e epidemiológicos (surtos, contato com doentes e viagem, por exemplo).

Vacinacão de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os conviventes de pessoas com câncer ou em uso de drogas imunossupressoras devem estar em dia com os  Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:

Pessoas com doenças autoimunes

Por que o cuidado especial?

As doenças autoimunes (DAI), entre as quais as reumatológicas, são um conjunto de condições que se caracterizam por um mal funcionamento do sistema imunológico, que passa a atacar diferentes tecidos saudáveis do próprio organismo, levando a quadros inflamatórios e/ou comprometimento da resposta imunológica. Estima-se que de 5 a 7% da população mundial — em especial as mulheres — tenham alguma dessas enfermidades, que, juntas, estão entre as principais causas de adoecimento e mortalidade naturais.

Os fatores desencadeantes podem ser muitos, o que com frequência torna a identificação inviável. Eventualmente, a causa pode ser hereditária. Os sintomas variam de acordo com a DAI e o(s) órgão(s) afetado(s).

O tratamento das enfermidades utiliza drogas imunossupressoras com o objetivo enfraquecer em graus variáveis o sistema imunológico, para evitar ou minimizar as autoagressões. A estratégia, no entanto, infelizmente aumenta o risco de infecções e prejudica a resposta às vacinas, essenciais para a proteção desses pacientes.

Particularidades para a vacinação

  • Pessoas sem comprometimento imunológico devem ser vacinadas de acordo com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Sempre que possível, todas as vacinas indicadas devem ser aplicadas antes do início da terapia imunossupressora, tanto por segurança quanto para conseguir melhor eficácia vacinal. Para as vacinas inativadas, é recomendado terminar os esquemas idealmente duas semanas antes do tratamento. Para as atenuadas, pelo menos quatro semanas antes (ou no mínimo 15 dias, se o prazo maior for inviável);
  • Para vacinas aplicadas durante o tratamento com medicações imunossupressoras, a necessidade de revacinação após o fim da terapia e o restabelecimento do sistema imunológico deve ser avaliada;
  • Vacinas vivas atenuadas podem estar contraindicadas enquanto houver imunodepressão moderada a grave. Pessoas em contato domiciliar ou frequente e as equipes responsáveis pelo atendimento do paciente imunodeprimido precisam estar com seus calendários em dia, de acordo com as recomendações para as faixas etárias, a fim de reduzir o risco de transmissão. Saiba mais nos Calendários de Vacinação SBim para cada faixa etária e no Calendário Nacional de Vacinação do PNI.

Vacinas especialmente recomendadas

As recomendações a seguir destinam-se às pessoas com doenças autoimunes que estão imunodeprimidas (pela condição ou tratamento) e não têm enfermidades crônicas adicionais. Na presença de outros quadros, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir dos 9 anos de idade: uma dose anual;
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose” (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas: conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de pessoas com doenças autoimunes, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes: iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas a imunodepressão. A vacina VPC13 não está disponível no sistema público para pacientes com doenças autoimunes.

A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação.

Nas UBS e nos CRIE

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até os 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com intervalo de cinco anos.

Recomendações SBIm

A SBIm recomenda para pessoas com doenças autoimunes a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para as que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e os intervalos dependem da idade de início da vacinação:

  • Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 a partir dos 24 meses de idade, pelo menos dois meses após a segunda VPC13. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
  • Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
  • Observação: aqueles que iniciaram o esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS e/ou CRIE: as UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
  • VPC13:
    • Serviços privados de vacinação.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses;
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Haemophilus influenzae b (Hib)

A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas com doenças autoimunes, o risco permanece.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação.

  • Entre 2 e 6 meses: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
  • A partir de 1 ano de idade não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de dois meses.
  • Pessoas que não receberam o reforço após os 12 meses de idade, independentemente da faixa etária: uma dose. Se imunodeprimidas, duas doses com intervalo de dois meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)

Sempre que possível, preferir a vacina meningocócica conjugada ACWY, pois ela oferece proteção contra mais tipos de meningococos.

Esquema de doses

O esquema de doses primário depende da idade de início da vacinação:

  • Crianças menores de 1 ano e adolescentes: consutar calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Crianças entre 1 e 2 anos: uma ou duas doses, com intervalo de dois meses, a depender do fabricante da vacina.
  • A partir de 2 anos:
    • Sem imunodepressão: uma dose;
    • Imunodeprimidos: duas doses, com intervalo de dois meses.
  • Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY aos 5, 11 e 16 anos ou com intervalos de 5 anos na infância e adolescência. Além disso, para pessoas com doenças autoimunes, reforços a cada cinco anos ao longo de toda a vida, enquanto durar a imunodepressão.
  • Crianças entre 1 e 2 anos: uma ou duas doses (com intervalo de dois meses), a depender do fabricante da vacina.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

MenC:

  • UBS: para menores de 5 anos;
  • CRIE: duas doses e doses de reforço a cada cinco anos;
  • Serviços privados de vacinação.

MenACWY:

  • UBS ou CRIE: para adolescentes de 11 e 12 anos;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócica B

Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.

Esquema de doses

  • Crianças e adolescentes: consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses ou de seis meses (a depender da vacina). O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Hepatite A

Esquema de doses

  • Crianças a partir de 1 ano: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, com intervalo de seis meses, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo de seis meses entre as doses;
  • Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Nas UBS: uma dose para menores de 5 anos. A segunda dose deve ser aplicada no CRIE;
  • Nos CRIE: duas doses para pacientes a partir de 1 anos de idade em uso de drogas imunossupressoras;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

O esquema de vacinação a ser adotado depende da presença ou não de imunodepressão no momento da vacinação.

Esquema de doses

  • Para imunocompetentes: três doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (esquema 0 - 1 - 6 meses).
  • Para imunodeprimidos: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
  • É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti- HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti- HBs for inferior a 10 mUI/ml, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado, uma única vez.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • CRIE e serviços privados de vacinação.
  • Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

HPV4

Esquema de doses

  • Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
  • CRIE: três doses para pessoas de 9 a 26 anos de ambos os sexos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
  • Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Pólio inativada (VIP)

A vacina pólio inativada (VIP) deve ser usada em todas as doses do esquema vacinal, uma vez que a vacina pólio oral (VOP) é contraindicada para pessoas com câncer e doenças autoimunes em vigência de imunossupressão.

Esquema de doses

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Varicela

Está especialmente recomendada para pacientes com doenças autoimunes e/ou que vão iniciar imunussupressão, mas é contraindicada nos pacientes já imunossuprimidos. Se imunocompetente, recomendar de acordo com os calendários SBIm para cada faixa etária.

Esquema de doses

  • A partir de 12 meses: duas doses, com intervalo de três ou um mês, a depender da idade;
  • Como rotina nas UBS, as doses são aplicadas aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A SBIm e os CRIE indicam essas doses aos 12 meses e entre os 15 e 24 meses de idade.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Nas UBS: duas doses para crianças entre 12 meses e menores de 5 anos;
  • Nos CRIE e nos serviços privados de vacinação: a partir de 12 meses de idade.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Herpes-zóster

A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para imunodeprimidos a partir de 18 anos, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA). O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.

Quando possível, administrar a vacina antes do início do tratamento com imunossupressores. Se não for viável, vacinar no melhor momento, evitando período de maior imunossupressão. Em pacientes em uso de anticorpos monoclonais anticélulas B, como rituximab, a vacina deve idealmente ser administrada pelo menos quatro semanas antes da próxima dose do medicamento.

Esquema de doses

  • Duas doses, com intervalo de 2 meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Para esquema de doses e disponibilidade, ver calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Vacinas de vírus vivos atenuados — BCG, pólio oral (VOP), dengue, febre amarela, herpes-zóster atenuada, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e varicela— podem estar recomendadas, com restrições:

  • Em vigência de imunodepressão grave: contraindicadas;
  • Em vigência de imunodepressão moderada: o médico deverá avaliar individualmente parâmetros clínicos e o risco epidemiológico (surtos, contato com doente, viagem) para tomada de decisão sobre a vacinação;
  • Bebês de mulheres que receberam drogas imunodepressoras durante a gestação: avaliar se há contraindicação para as vacinas BCG e rotavírus. A administração da BCG pode ser adiada para entre o sexto e o oitavo mês de vida.

Vacinação de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com doenças reumatológicas ou outras autoimunes estejam em dia com os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:

  • Influenza trivalente (3V): anualmente;
  • Varicela: duas doses para pessoas a partir de 12 meses que não tiveram a doença e não foram vacinadas;
  • Pólio inativada (VIP): em substituição à vacina poliomielite oral (VOP), quando recomendada nos calendários;
  • Vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela): duas doses, para suscetíveis acima de 12 meses.

Saiba mais:

Vacinação de pessoas com erro inato da imunidade (imunodeficiência primária)

Por que o cuidado especial?

As imunodeficiências primárias, ou erros inatos da imunidade, são pouco frequentes e afetam o sistema imunológico de diferentes formas. Dependendo da doença, os quadros podem ser leves – quando prejudicam algum componente isolado – ou provocar imunossupressão severa.

As infecções são causas importantes de adoecimento e mortalidade dessas pessoas, razão pela qual é importante vaciná-las. A eficácia e segurança, entretanto, variam de acordo com o tipo de imunodeficiência.

O(a) médico(a) que acompanha o(a) paciente e conhece sua situação imunológica deve participar das decisões em relação ao esquema de vacinação mais adequado, considerando as indicações e precauções e/ou contraindicações existentes.

Vacinas especialmente recomendadas

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir de 9 anos: uma dose anual;
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;

Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose” (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas: conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de pessoas com erro inato da imunidade, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em grupos de alto risco para doença pneumocócica invasiva, caso das pessoas de pessoas com erro inato da imunidade. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é vacina utilizada na rotina para crianças até antes de completar 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades.

A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação.

Nas UBS e nos CRIE

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até os 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 a partir dos 24 meses de idade, pelo menos dois meses depois da segunda VPC13. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com intervalo de cinco anos.

Recomendações SBIm

A SBIm recomenda para pacientes com erro inato da imunidade a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo variam de acordo com a idade no início da vacinação:

  • Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). A terceira dose está disponível nos CRIE. Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos e com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
  • Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
  • Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
  • VPC13:
    • Serviços privados de vacinação.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses.
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Haemophilus influenzae b (Hib)

A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas com erros inatos de imunidade, o risco permanece.

Esquema de doses

O esquema depende de início da vacinação.

  • Entre 2 e 6 meses de idade: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
  • Entre 7 e 11 meses de idade: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 12 e 15 meses de idade;
  • A partir de 1 ano de idade não vacinados ou que não receberam reforço após os 12 meses de vida: duas doses, com intervalo de quatro a oito semanas.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)

Sempre que possível, usar a vacina meningocócica conjugada ACWY, que oferece proteção contra mais tipos de meningococos.

Esquema de doses

  • Menores de um ano: consulte calendários de vacinação SBIm da Criança ;
  • A partir de 1 ano de idade não vacinados: duas doses, com intervalo de dois meses;
  • São necessárias doses de reforço a cada 5 anos ao longo da vida;
  • Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY aos 5, 11 e 16 anos ou com intervalos de 5 anos na infância e adolescência. Além disso, para pessoas com erro inato da imunidade (imunodeficiência primária), reforços a cada cinco anos ao longo de toda a vida.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

MenC:

  • UBS: para menores de 5 anos;
  • CRIE: duas doses e doses de reforço a cada cinco anos;
  • Serviços privados de vacinação.

MenACWY:

  • UBS ou CRIE: para adolescentes de 11 e 12 anos;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócica B

Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.

Esquema de doses

  • Crianças e adolescentes: consulte os calendários SBIm de vacinação para cada faixa etária;
  • Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses ou de seis meses (a depender da vacina). O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.

Atenção: em caso de deficiência do complemento, recomenda-se uma dose de reforço um ano após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. Além disso, a revacinação é necessária a cada dois ou três anos.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Hepatite A

Esquema de doses

  • Crianças: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses;
  • Adolescentes e adultos suscetíveis não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

Esquema de doses

  • Crianças, adolescentes e adultos: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
  • É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti- HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti- HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).

Onde se vacinar

  • CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

HPV4

Esquema de doses

  • Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
  • CRIE: três doses para pessoas de 9 a 26 anos de ambos os sexos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
  • Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Pólio inativada (VIP)

A vacina pólio inativada deve ser utilizada em todas as doses do esquema vacinal, uma vez que a vacina pólio oral (VOP) é contraindicada para pessoas com erro inato da imunidade (imunodeficiência primária) e contatos domiciliares.

Esquema de doses

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Herpes-zóster

A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para imunodeprimidos a partir de 18 anos, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA). O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.

Esquema de doses

  • Duas doses, com intervalo de 2 meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Vacinas de vírus vivos atenuados — BCG, pólio oral (VOP), febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e varicela — podem estar recomendadas de acordo com a avaliação individual do paciente, com restrições:

  • Em vigência de deficiências combinadas da imunidade celular e humoral: contraindicadas;
  • Em vigência de deficiências de imunidade humoral grave ou deficiências da fagocitose (doença granulomatosa crônica): contraindicada a BCG;
  • Observação: em vigência de deficiência de IgA e de subclasses de imunoglobulinas ou deficiências do complemento, as vacinas atenuadas não estão contraindicadas;

As vacinas herpes-zóster atenuada e dengue estão contraindicadas em qualquer imunodeficiência primária.

Vacinacão de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os conviventes de pessoas com erros inatos de imunidade (imunodeficiência primária) devem estar em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:

Vacinação de crianças e adolescentes vivendo com HIV

Por que o cuidado especial?

As crianças e adolescentes que vivem com HIV apresentam risco elevado de infecções e complicações por diversas doenças, muitas preveníveis por vacinas. A imunização é, portanto, extremamente importante, mas requer alguns cuidados, de acordo com o grau de comprometimento imunológico de cada pessoa.

É necessário avaliar situações de precaução, contraindicações e o melhor momento para vacinar, uma vez que há chance de a resposta imunológica ser insuficiente ou inadequada. Quanto mais cedo a vacinação puder ser feita, melhor. Oportunidades não devem ser perdidas.

Vacinas vivas atenuadas estão contraindicadas quando há imunodeficiência clínica ou laboratorial grave. Nesses casos, sempre que possível, a aplicação deve ser adiada até que o tratamento permita um grau satisfatório de reconstrução do sistema de defesa do organismo. Dessa maneira, a vacinação será mais eficaz e haverá menos risco de reações pós-vacinais.

Além disso, a eficácia da vacinação pode variar de acordo com o tipo de vacina utilizado e/ou a condição imunológica do indivíduo, o que pode tornar necessária a adaptação do calendário vacinal e a adoção de esquemas de doses diferentes.

Particularidades para a vacinação

As crianças expostas ao HIV (nascidas de mães que vivem com o vírus), mas sem alterações imunológicas e/ou sinais e sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, devem receber as vacinas rotineiras do calendário da criança até os 18 meses de idade ou antes, se houver definição do diagnóstico de infecção pelo HIV no bebê. A única exceção é em relação à vacina poliomielite oral (VOP): é obrigatório o uso da vacina inativada durante todo o esquema. Consulte o Calendário de vacinação SBIm criança.

Se a infecção for confirmada – por meio de dois exames alterados de carga viral – os esquemas de vacinação serão adaptados de acordo com a idade, contagem de células CD4+, risco de infecção e situação imunológica no momento da vacinação. Saiba mais a seguir.

Vacinas especialmente recomendadas

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir de 9 anos: uma dose anual.
  • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação.
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de crianças e adolescentes vivendo com HIV, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como é o caso das crianças e adolescentes vivendo com HIV. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas a imunodepressão. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível para crianças a partir de 5 anos que não foram vacinadas anteriormente.

A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação:

Nas UBS e nos CRIE

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 5 anos de idade não vacinadas anteriormente com a VPC10: uma dose de VPC13, seguida por uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser aplicada após cinco anos.

Recomendações da SBIm

A SBIm recomenda para crianças e adolescentes vivendo com HIV a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que já estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo dependem da idade de início da vacinação:

  • Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 a partir dos 24 meses de idade, pelo menos dois meses após a segunda VPC13. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
  • Aqueles que iniciaram o esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS e/ou CRIE, para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina na rotina infantil. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
  • VPC13:
    • CRIE: para maiores de 5 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC10;
    • Serviços privados de vacinação.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses;
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Haemophilus influenzae b (Hib)

A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas com HIV, o risco permanece.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação:

  • Entre 2 e 6 meses: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
  • Crianças a partir de 1 ano de idade e adolescentes que não receberam reforço: uma dose;
  • Crianças a partir de 2 anos de idade e adolescentes não vacinados anteriormente: duas doses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite A

Esquema de doses

  • Crianças: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
  • Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

Esquema de doses

  • Crianças, adolescentes e adultos: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
  • É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)

Sempre que possível, usar a vacina meningocócica conjugada ACWY, que oferece proteção contra mais tipos de meningococos.

Esquema de doses

  • Crianças menores de 1 ano: consulte o calendários de vacinação SBIm Criança;
  • Crianças entre 1 e 2 anos: uma ou duas doses, com intervalo de dois meses, a depender do fabricante da vacina. Reforços a cada cinco anos.
  • Crianças maiores de 2 anos e adolescentes não vacinados: duas doses, com intervalo de dois meses. Reforços a cada cinco anos.
  • Adolescentes vacinados: reforços a cada cinco anos.
  • Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária ao longo de toda a vida. A SBIm recomenda doses de reforços com a vacina MenACWY a cada cinco anos, ao longo de toda a vida.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

MenC

  • UBS: para menores de 5 anos;
  • CRIE: duas doses e doses de reforço a cada cinco anos;
  • Serviços privados de vacinação.

MenACWY

  • UBS ou CRIE: para adolescentes de 11 e 12 anos;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócica B

Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.

Esquema de doses

  • Crianças e adolescentes: ver calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

HPV4

Esquema de doses

  • Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
  • CRIE: três doses para crianças e adolescentes a partir de 9 anos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Pólio inativada (VIP)

A vacina pólio inativada (VIP) deve ser utilizada em todas as doses do esquema vacinal, uma vez que a vacina pólio oral (VOP) é contraindicada para pessoas que vivem com HIV e seus contatos domiciliares.

Esquema de doses

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

As vacinas a seguir estão recomendadas de rotina, com restrições (ver “Precauções e contraindicações”). Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, com restrições. Ver “Precauções e contraindicações”, a seguir:

Precauções e contraindicações

  • BCG: deve ser administrada ao nascimento ou o mais precocemente possível, até no máximo 5 anos de idade. Para as crianças que chegam aos serviços de saúde ainda não vacinadas, a vacina só deve ser indicada às assintomáticas e sem imunodepressão. A revacinação não é recomendada, mesmo para contatos domiciliares de pessoas com hanseníase.
  • Vacina dengue está contraindicada, mesmo para imunocompetentes.
  • Vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola, varicela): não recomendada, mesmo para imunocompetentes, pois não há dados suficientes sobre eficácia em pessoas que vivem com HIV.
  • Vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), varicela e febre amarela: a recomendação ou contraindicação deve ser orientada pelo(a) médico(a), de acordo com o grau de imunossupressão (ver tabela):
    • Não imunocomprometidos: vacinar de acordo com calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
    • Moderadamente imunocomprometidos: avaliar parâmetros clínicos e risco epidemiológico (surtos, contato com doente, viagem) para tomada de decisão.
    • Severamente imunocomprometido: contraindicada a vacinação.
Alteração ímunológicaContagem de LT CD4+ em células por mm3
Idade < 12 mesesIdade 1 a 5 anosIdade 6 a 12 anos
Ausente (1) > 1500 (> 25%) > 1000 (> 25%) ≥ 500 (≥ 25%)
Moderada (2) 750 - 1499 (15% - 24%) 500 - 999 (15% - 24%) 200 - 499 (15% - 24%)
Grave (3) < 750 (15%) < 500 (15%) < 200 (15%)

Vacinacão de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas que vivem com HIV devem estar em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Vacinação de adultos e idosos vivendo com HIV

Por que o cuidado especial?

A terapia antirretroviral – usada para inibir a replicação do vírus HIV, retardando a progressão da imunodeficiência e restaurando, dentro do possível, a imunidade de quem vive com HIV – aumentou a expectativa e a qualidade de vida dessas pessoas, que puderam voltar a se engajar em atividades ocupacionais e de lazer. A evolução do tratamento, porém, trouxe um novo desafio: como preservar a saúde diante da maior exposição a agentes infecciosos que estão entre as principais causas de adoecimento e mortalidade no grupo?

A resposta certamente passa pela vacinação, mas é importante destacar que a imunodepressão pode contraindicar a administração de algumas vacinas ou exigir precauções. Além disso, a eficácia da vacinação pode variar de acordo com o tipo de vacina utilizado e/ou a condição imunológica do indivíduo, o que pode tornar necessária a adaptação do calendário vacinal e a adoção de esquemas de doses diferentes.

Vacinas especialmente recomendadas

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

  • Uma dose anual.
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de adultos e idosos vivendo com HIV, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando com a vacina conjugada VPC13, seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

Esquema de doses

  • Uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Para aqueles que já receberam uma dose de VPP23, recomenda-se o intervalo de um ano para a aplicação de VPC13. A segunda dose de VPP23 deve ser feita cinco anos após a primeira, mantendo intervalo de seis a 12 meses em relação à VPC13
  • Para os que já receberam duas doses de VPP23, recomenda-se uma dose de VPC13, com intervalo mínimo de um ano após a última dose de VPP23. No entanto, se a segunda dose de VPP23 foi aplicada antes dos 60 anos, está recomendada uma terceira dose depois dessa idade, com intervalo mínimo de cinco anos em relação à última dose.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC13:
    • CRIE: para não vacinados anteriormente com a VPC10.
    • Serviços privados de vacinação: para todas as idades;
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

Esquema de doses

  • Quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
  • É necessário realizar controle sorológico um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez;
  • O controle sorológico deve ser repetido anualmente. Caso o resultado seja inferior a 10 mUI/mL, uma dose de reforço pode ser considerada.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite A

Esquema de doses

  • Adultos e idosos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • CRIE e serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)

Sempre que possível, preferir a vacina meningocócica conjugada ACWY, que oferece proteção contra mais tipos de meningococos.

Esquema de doses

  • Adultos nunca vacinados: duas doses, com intervalo de dois meses. Reforços a cada cinco anos.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • MenC
    • CRIE;
    • Serviços privados de vacinação.
  • MenACWY
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócica B

Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.

Esquema de doses

  • Duas doses, com intervalo de um a dois meses. O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

HPV4

Esquemas de doses

  • Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.

Onde se vacinar

  • CRIE: pessoas de 9 a 45 anos de ambos os sexos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
  • Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Herpes-zóster

A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para imunodeprimidos a partir de 18 anos, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA) antes de entrar em imunodepressão. O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.

Atenção: a vacina atenuada (VZA) é contraindicada para imunodeprimidos.

Esquema de doses

  • Duas doses da vacina VZR, com intervalo de dois meses.

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Outras recomendações

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Para esquema de doses e onde se vacinar, acesse os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Para esquema de doses e onde se vacinar, acesse os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, com restrições. Ver "Precauções e contraindicações", a seguir:

Precauções e contraindicações

  • Vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), varicela e febre amarela: a recomendação ou contraindicação deve ser orientada pelo(a) médico(a), de acordo com o grau de imunossupressão (ver tabela):
    • Não imunocomprometidos: vacinar de acordo com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
    • Moderadamente imunocomprometidos: avaliar parâmetros clínicos e risco epidemiológico (surtos, contato com doente, viagem) para tomada de decisão.
    • Severamente imunocomprometidos: contraindicada a vacinação.
  • Herpes-zóster: vacinar maiores de 50 anos com infecção assintomática, em uso de terapia antirretroviral, com carga viral muito baixa ou indetectável e uma contagem CD4+ de ≥350 por µL.
Alteração ImunológicaContagem de LT CD4+ em células por mm3
A partir de 13 anos
Pequena ou ausente (1) ≥ 350
Moderada (2) Entre 200 e 350
Grave (3) < 200

Para esquema de doses e onde se vacinar, acesse os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Vacinacão de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas que vivem com HIV devem estar em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:

Vacinação de pessoas transplantadas de células-tronco hematopoiéticas (TCTH)

Por que o cuidado especial?

O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é o tratamento indicado para alguns tipos de câncer (como leucemias, linfomas, mielomas e neuroblastoma); doenças autoimunes, e outras enfermidades.

Pessoas com indicação de TCTH apresentam risco aumentado para infecções antes do transplante — pela doença de base ou a quimioterapia preparatória —ou após o procedimento, devido à possibilidade de rejeição — também chamada de doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) — e/ou à terapia imunossupressora. Muitas dessas infecções são imunopreveníveis.

Particularidades para a vacinação

Vacinas aplicadas antes do transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) deverão ser desconsideradas e os esquemas de doses reiniciados após o transplante e a recuperação da função imunológica.

A programação da vacinação após o TCTH tem como referência o tempo mínimo a ser respeitado entre o procedimento e a aplicação das diferentes vacinas, considerando o intervalo recomendado (ou mínimo) entre as doses de cada esquema vacinal.

As recomendações específicas das vacinas e seus esquemas aqui abordados são para maiores de 1 ano. O TCTH raramente é feito durante o primeiro ano de vida e, quando isso ocorre, o intervalo mínimo entre o procedimento e a revacinação, em geral, não permite a aplicação de vacinas antes de a criança completar 1 ano.

No pré-transplante, as vacinas atenuadas estão contraindicadas. Já as vacinas inativadas podem ser administradas até duas semanas antes do início da quimioterapia pré-transplante ou de outros preparos, se necessários. No entanto, tais vacinas deverão ser repetidas em três a 12 meses, a depender de alguns fatores, como o tipo de transplante, ocorrência de rejeição (DECH) e imunodepressão.

Vacinas atenuadas também estão contraindicadas em caso de DECH no pós-transplante e/ou durante a terapia imunodepressora.

Vacinas especialmente recomendadas

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

Esquema de doses

A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante.

  • Para crianças que iniciam a vacinação menores de 9 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir dos 9 anos de idade: uma dose anual.
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de pessoas submetidas a transplantes de células-tronco-hematopoiéticas, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como transplantados. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas à imunodepressão. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível para pessoas submetidas a TCTH em esquema de três doses.

A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.

Esquema de doses

A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante, preferencialmente com a vacina VPC13.

Nos CRIE

  • Para crianças menores 5 anos de idade: três doses de VPP10, com intervalo de dois meses e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira VPP23;
  • A partir de 5 anos, adolescentes, adultos e idosos: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira VPP23;
  • Pessoas que já receberam a VPP23 após o TCTH, mas ainda não foram vacinadas com a VPC13: uma dose de VPC13 12 meses após a VPP23.

Recomendações SBIm

  • Três doses de VPC13 em todas as idades, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira VPP23;
  • Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • CRIE, para menores de 5 anos.
  • VPC13:
    • CRIE: para maiores de 5 anos;
    • Serviços privados de vacinação: para todas as idades, mesmo se vacinados com a VPC10.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses;
    • Serviços privados de vacinação: para todas as idades.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Haemophilus influenzae b (Hib)

A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de transplantados de células-tronco hematopoiéticas, o risco permanece.

Esquema de doses

  • A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante.
  • Crianças, adolescentes, adultos e idosos: três doses, com intervalo de dois meses (ou mínimo de um mês).

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)

Sempre que possível, preferir a vacina meningocócica conjugada ACWY, pois ela oferece proteção contra mais tipos de meningococos.

Esquema de doses

  • A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante;
  • Crianças, adolescentes, adultos e idosos: duas doses, com intervalo de dois meses (ou mínimo de um mês).
  • Atenção: após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária, uma dose de reforço deve ser aplicada a cada cinco anos em caso de imunossupressão contínua por DECH (doença do enxerto contra o hospedeiro).

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

MenC:

  • CRIE: duas doses, com intervalo de dois meses. Caso a imunossupressão persista, reforços a cada 5 anos.
  • Serviços privados de vacinação.

MenACWY:

  • UBS ou CRIE: para adolescentes de 11 e 12 anos;
  • CRIE: para pessoas com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), em uso de eculizumabe, acima de 14 anos;
  • Serviços privados de vacinação: todas as idades.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócica B

Existem duas vacinas contra meningococos do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.

Esquema de doses

  • A vacinação deve ser iniciada três a seis meses após o transplante.
  • Crianças, adolescentes, adultos e idosos: duas doses com intervalo de um a dois meses entre elas. O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Pólio inativada (VIP)

Esquema de doses

  • A vacinação deve ser iniciada três a seis meses após o transplante.
  • Para crianças, adolescentes, adultos e idosos: três doses com intervalo de dois meses (intervalo mínimo de um mês).
  • Observação: a vacina oral poliomielite (VOP) está contraindicada.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite A

Esquema de doses

  • A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante;
  • Para crianças a partir de 1 ano, adolescentes, adultos e idosos: duas doses, com intervalo mínimo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

Esquema de doses

  • A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante;
  • Crianças, adolescentes, adultos e idosos: três doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; e de seis meses entre a primeira e a terceira (esquema 0 - 1 - 6 meses);
  • É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal uma única vez.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

HPV4

Esquemas de doses

  • A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante.
  • Crianças a partir dos 9 anos, adolescentes e adultos: três doses com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda; e de seis meses entre a primeira e a terceira.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS: duas doses para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
  • CRIE: três doses para pessoas de 9 a 45 anos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
  • Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Tríplice bacteriana (DTPw, DTPa e dTpa) e suas combinações e dupla do tipo adulto (dT)

Previnem coqueluche, tétano, difteria e outras doenças, no caso das combinações. O uso das vacinas acelulares (DTPa, dTpa e suas combinações) é preferível por causar menos reações do que as vacinas de células inteiras (DTPw e DTPw-HB/Hib).

Esquema de doses

  • A vacinação deve ser iniciada três a seis meses após o transplante.
  • O esquema depende da idade de início da vacinação:
    • Crianças de até 6 anos: três doses de DTPw ou DTPa ou de vacinas combinadas contendo DTPa ou DTPw. Intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose e de seis meses entre a segunda e a terceira dose. Reforços com a dTpa (preferencialmente) ou a dT a cada dez anos.
    • Crianças a partir de 7 anos, adolescentes, adultos e idosos: uma dose com dTpa (ou dTpa-VIP) seguida por duas doses de dT, dois e seis meses depois da dose de dTpa.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • DTPw e DTPw-HB/Hib: UBS, para menores de 7 anos;
  • DTPa: CRIE, para menores de 7 anos, com a vacina acelular hexa (DTPa-HB-VIP/Hib);
  • DTPa e suas combinações: serviços privados de vacinação, para crianças. A faixa etária de indicação varia de acordo com a bula das vacinas;
  • dTpa:
    • UBS: para gestantes e puérperas;
    • CRIE: uma dose para maiores de 3 anos;
    • Serviços privados de vacinação: para maiores de 3 anos.
  • dTpa-VIP: serviços privados de vacinação, para pessoas a partir de 3 anos;
  • dT: UBS e CRIE, para pessoas a partir de 7 anos.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Febre amarela

Contraindicada nos 24 meses posteriores ao transplante e antes da recuperação do sistema imunológico. Em caso de rejeição (DECH) após o procedimento ou necessidade de terapia imunodepressora, a vacina também está contraindicada.

A vacinação deve ser autorizada pelo médico responsável pelo transplante.

Esquema de doses

Onde se vacinar

  • UBS;
  • CRIE;
  • Serviços privados de vacinação, com autorização médica.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola)

Contraindicada nos 12 meses posteriores ao transplante. Deve ser evitada nos 24 meses posteriores ao transplante e antes da recuperação do sistema imunológico, mas pode ser considerada entre 12 e 24 meses em caso de risco epidemiológico, desde que a situação imunológica do paciente permita. Em caso de rejeição (DECH) após o procedimento ou necessidade de terapia imunodepressora, a vacina está contraindicada.

A vacinação deve ser autorizada pelo médico responsável pelo transplante.

Esquema de doses

  • Crianças a partir de 1 ano, adolescentes, adultos e idosos: duas doses, com intervalo mínimo de um mês.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS;
  • CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Varicela

Contraindicada nos 24 meses posteriores ao transplante e antes da reconstituição imunológica. Em caso de rejeição (DECH) após o procedimento ou necessidade de terapia imunodepressora, a vacinação também está contraindicada.

A vacinação deve ser autorizada pelo médico responsável pelo transplante.

Esquema de doses

  • Pessoas a partir de 1 ano de idade: duas doses, com intervalo de um a três meses, a depender da idade (consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária).

Onde se vacinar

  • CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Herpes-zóster

A vacina atenuada é contraindicada nos 24 meses posteriores ao transplante e antes da reconstituição imunológica. Em caso de rejeição (DECH) após o procedimento ou necessidade de terapia imunodepressora, a vacinação também está contraindicada.

A administração deve ser autorizada pelo médico responsável pelo transplante.

Idealmente, usar a vacina inativada recombinante, que pode ser aplicada seis meses após transplante.

Esquema de doses

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Precauções e contraindicações

  • Para a aplicação das vacinas vivas atenuadas, se faz necessária a liberação escrita do médico responsável pelo transplante;
  • Em caso de rejeição (DECH) ou necessidade de terapia imunossupressora, as vacinas vivas atenuadas estão contraindicadas;
  • Vacina dengue pode ser considerada somente em soropositivos para dengue, com sistema imunológico restabelecido, sem rejeição (DEHC) ou necessidade de terapia imunodepressora.

Vacinação de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os contatos de pessoas submetidas a transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Enquanto estes pacientes estiverem imunodeprimidos, os contatos domiciliares podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:

Vacinação de candidatos a transplante ou transplantados de órgãos sólidos

Por que o cuidado especial?

Muitos brasileiros são submetidos a transplantes de órgãos sólidos (TOS) todos os anos. Indivíduos que já passaram pelo procedimento ou são candidatos têm mais risco de adoecimento e morte por infecções do que o restante da população. Entre essas infecções, podemos destacar a doença pneumocócica invasiva (pneumonia, infecção generalizada e meningite), a influenza (gripe), bem como a catapora e o herpes-zóster, causadas pelo vírus varicela-zóster.

Manter atualizada a vacinação dessas pessoas, dos doadores, contatos domiciliares e da equipe que irá atendê-las é essencial, especialmente no período pós-transplante, quando medicamentos imunodepressores são usados para evitar que o organismo rejeite o órgão recebido. Isso porque, se por um lado aumentam a segurança da cirurgia, essas drogas tornam os pacientes mais propensos a desenvolver infecções graves por vírus e bactérias.

Diversos fatores são levados em conta para definir quais vacinas serão usadas e o intervalo entre as doses: doença que levou ao transplante, idade, tipo, tempo de uso e dosagem das drogas utilizadas, imunidade do doador, tempo após o transplante e a ocorrência ou não de rejeição, também chamada de DECH (doença do enxerto contra o hospedeiro).

As recomendações também podem variar de acordo com o momento – antes ou depois do transplante. Situações que podem contraindicar ou diminuir a proteção conferida pelas vacinas também devem ser avaliadas com critério pelo(a) médico(a).

Particularidades para a vacinação

  • Vacinas aplicadas durante o tratamento com imunodepressores devem ser repetidas após a interrupção do tratamento e a recuperação do sistema imunológico, para garantir a proteção.
  • No pré-transplante, vacinas vivas atenuadas devem ser aplicadas idealmente até quatro semanas antes do transplante (ou no mínimo 15 dias, se o prazo maior for inviável).
  • Vacinas inativadas: se não anteriormente vacinado(a), aguardar período mínimo de dois meses após o transplante.

Vacinas especialmente recomendadas

Influenza (gripe)

A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a 3V.

Esquema de doses

  • Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose anual nos anos seguintes;
  • A partir dos 9 anos de idade: uma dose anual;
  • Observações:
    • Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
    • Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.

Onde se vacinar

  • Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
  • Vacina influenza quadrivalente “high dose” (4VHD): serviços privados de vacinação.

Vacinas pneumocócicas conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)

Para a proteção adequada de transplantados de órgãos sólidos (TOS) ou candidatos a transplante, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes: iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).

A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como transplantados de órgãos sólidos (TOS) ou candidatos a transplante. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas à imunodepressão. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível para crianças transplantadas não vacinadas anteriormente.

A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação:

Nas UBS e nos CRIE

  • Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até os 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 5 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;

Recomendações SBIm

A SBIm recomenda para transplantados de órgãos sólidos e candidatos a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo variam de acordo com a idade no início da vacinação:

  • Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). A terceira dose está disponível nos CRIE. Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
  • Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
  • A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
  • Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
  • Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • VPC10:
    • UBS: duas doses e reforço, para menores de 5 anos de idade.
    • CRIE: três doses e reforço, para menores de 5 anos de idade.
  • VPC13:
    • CRIE: uma dose para transplantados a partir de 5 anos de idade, desde que não tenham recebido a VPC10 anteriormente;
    • Serviços privados de vacinação.
  • VPP23:
    • CRIE: duas doses.
    • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Haemophilus influenzae b (Hib)

A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas transplantadas de órgãos sólidos, o risco permanece.

Esquema de doses

Esquema depende da idade de início da vacinação.

  • Crianças menores de 1 ano:
    • Entre 2 e 6 meses de idade: três doses, com intervalo de dois meses, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
    • Entre 7 e 11 meses de idade: duas doses, com intervalo de dois meses, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade.
  • A partir de 1 ano de idade vacinados, mas que não receberam dose de reforço aos 12 meses de vida: uma dose. Se imunodeprimidos, duas doses, com intervalos de dois meses.
  • A partir de 1 ano de idade não vacinados: duas doses, com intervalo de dois meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)

Sempre que possível, usar a vacina meningocócica conjugada ACWY, que oferece proteção contra mais tipos de meningococos.

Esquema de doses

O esquema depende da idade de início da vacinação.

  • Crianças menores de 1 ano: consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Crianças entre 1 e 2 anos:
    • Sem imunodepressão: uma ou duas doses (com intervalo de dois meses), a depender do fabricante da vacina;
    • Imunodeprimidos: duas doses, com intervalo de dois meses. Reforços a cada cinco anos, enquanto durar a imunodepressão.
  • Crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos não vacinados:
    • Sem imunodepressão: uma dose;
    • Imunodeprimidos: duas doses, com intervalo de dois meses. Reforços a cada cinco anos, enquanto durar a imunodepressão.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

MenC

  • CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

MenACWY

  • UBS ou CRIE: para adolescentes de 11 e 12 anos;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Meningocócica B

Existem duas vacinas contra meningococos do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.

Esquema de doses

  • Crianças e adolescentes: consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
  • Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses. O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Hepatite A

Esquema de doses

  • Crianças: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
  • Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Hepatite B

Esquema de doses

  • Pré-transplante: a depender da doença que levou ao transplante. Ver calendário que contemple a condição clínica específica.
  • Pós-transplante: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
  • É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • CRIE e serviços privados de vacinação.
  • Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

HPV4

Esquemas de doses

  • Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
  • CRIE: três doses para pessoas de 9 a 45 anos. Pessoas que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária.
  • Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Pólio inativada (VIP)

A vacina pólio inativada (VIP) deve ser usada em todas as doses do esquema, uma vez que vacina pólio oral é contraindicada para transplantados de órgãos sólidos.

Esquema de doses

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Tríplice bacteriana (DTPw, DTPa e dTpa) e suas combinações e dupla do tipo adulto (dT)

Previnem coqueluche, tétano, difteria e outras doenças, no caso das combinações. O uso das vacinas acelulares (DTPa, dTpa e suas combinações) é preferível por causar menos reações do que as vacinas de células inteiras (DTPw e DTPw-HB/Hib).

Esquema de doses

Onde se vacinar

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Herpes-zóster

A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada no pré-transplante de órgão sólido, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA). O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.

Esquema de doses

  • Duas doses, com intervalo de 2 meses.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • Serviços privados de vacinação.

Vacinas especialmente recomendadas apenas no pré-transplante

As vacinas dessa seção são especialmente recomendadas, mas devem ser aplicadas idealmente até quatro semanas antes do transplante (ou no mínimo 15 dias, se o prazo maior for inviável). Após o transplante, estão contraindicadas.

Febre amarela

Esquema de doses

Onde se vacinar

  • UBS;
  • CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola)

Esquema de doses

  • Pessoas suscetíveis a partir dos 12 meses de idade: duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • UBS;
  • CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Varicela ou tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola, varicela)

Esquemas de doses

  • Pessoas suscetíveis a partir dos 12 meses de idade: duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias.

Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).

Onde se vacinar

  • CRIE;
  • Serviços privados de vacinação.

Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.

Outras recomendações

A vacina abaixo está recomendada de rotina, sem restrições. Consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Para esquema de doses e onde se vacinar, acessar calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Precauções e contraindicações

Vacinação de contatos domiciliares

A SBIm recomenda que todos os conviventes de transplantados de órgãos sólidos (TOS) e candidatos a transplante devem estar em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.

Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas: