O que previne

A vacina disponível no Brasil atualmente é a QDenga®, produzida pelo laboratório Takeda . Ela é atenuada e previne a infecção causada pelos quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Os ensaios clínicos constataram que a eficácia da vacina varia de acordo com o sorotipo viral, idade do vacinado e status sorológico no momento da vacinação. Apesar de os resultados em indivíduos previamente soropositivos terem sido superiores, a eficácia em soronegativos também foi elevada. Considerando ambos os grupos, após 54 meses do término do esquema, a eficácia foi de 63% contra doença sintomática de qualquer gravidade e de 85% contra internação.

Do que é feita

A vacina utiliza a tecnologia de DNA recombinante, em que genes dos diferentes sorotipos do vírus da dengue são inseridos na estrutura genética do vírus da dengue tipo 2 (DENV-2) atenuado.

Além dos vírus atenuados, a formulação contém trealose di-hidratada, poloxaleno, albumina sérica humana, fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico di-hidratado, cloreto de potássio e cloreto de sódio. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injetáveis. Não há adjuvantes ou conservantes.

Indicação

Crianças a partir de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos, tanto soronegativos como soropositivos para dengue.

Contraindicações

  • Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina;
  • Gestantes;
  • Mulheres amamentando;
  • Imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias imunossupressoras;
  • Pessoas que vivem com o vírus HIV, sintomáticas ou assintomática, quando acompanhado por evidência de função imunológica comprometida.

Esquema de doses

Duas doses, com intervalo de três meses.

Via de aplicação

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação

  • Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda de intensidade moderada a grave;
  • A vacinação de pessoas que vivem com o vírus HIV/AIDS deve ser avaliada pelo(a) médico(a), que pode prescrever a vacina se não houver comprometimento do sistema imunológico;
  • Em pacientes que receberam imunossupressores e/ou doses elevadas de corticosteroides sistêmicos por duas semanas ou mais, é preciso adiar a vacinação até a função imunológica estar restaurada, de acordo com a avaliação do médico assistente;
  • A vacinação de pessoas com enfermidades que cursam com imunocomprometimento deve ser avaliada pelo médico assistente;
  • Mulheres em idade fértil devem evitar engravidar por quatro semanas após vacinação.

Efeitos e eventos adversos

  • As reações adversas mais relatadas são dor de cabeça, dor no local da injeção, mal-estar e mialgia. As manifestações costumam ser leves ou moderadas e ter curta duração (até 3 dias). Em geral, acontecem nas primeiras 72 horas após a vacinação e são mais frequentes na primeira dose. A viremia pelo vírus vacinal também pode causar febre de início tardio (até 30 dias após vacinação) e erupção cutânea;
  • Outras reações adversas possíveis: vermelhidão inchaço, hematoma e coceira no local da injeção, artralgia, fraqueza, febre, surgimento de gânglios (linfoadenopatia), náuseas;
  • Eventos graves são extremamente raros.

Onde pode ser encontrada

  • Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos;
  • Nos serviços privados de vacinação, para pessoas entre 4 e 60 anos.

Saiba mais

https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nota-tecnica-sbim-sbi-sbmt-qdenga-v6.pdf

https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/perguntas-respostas-qdenga-240229-v3.pdf

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