O que previnem

Atualmente, existem duas vacinas contra a dengue no Brasil. Ambas são atenuadas e previnem a infecção causada pelos quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Nos ensaios clínicos, as duas vacinas apresentaram eficácia variável, de acordo com o sorotipo viral, idade do vacinado e status sorológico no início do esquema vacinal. Em indivíduos soropositivos antes da vacinação, a eficácia foi mais elevadas eficácias gerais, considerando tanto pessoas soronegativas como soropositivas antes da vacinação, são as seguintes: 

  • Dengvaxia® (Sanofi) - até 25 meses após a terceira dose: cerca de 65% de eficácia para doença sintomática; 79% para dengue grave; 93% para dengue hemorrágica e mais de 80% para internação.
  • QDenga® (Takeda) – até 54 meses após a segunda dose: cerca de 63% de eficácia para doença sintomática de qualquer gravidade e 85% para internação.

Do que são feitas

As duas vacinas utilizam a tecnologia de DNA recombinante, em que genes dos diferentes sorotipos do vírus da dengue são inseridos na estrutura genética de um vírus atenuado. A diferença entre as vacinas está no vírus atenuado utilizado como estrutura genética de “base”: a Dengvaxia usa o vírus vacinal da febre amarela, e a QDenga® usa o próprio DENV-2 atenuado.

Além dos vírus atenuados, as vacinas têm nas suas composições:

  • Dengvaxia®: aminoácidos essenciais (incluindo fenilalanina), aminoácidos não essenciais, cloridrato de arginina, sacarose, trealose di-hidratada, sorbitol, trometamol e ureia. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injetáveis. Não contém adjuvantes e conservantes;
  • QDenga®: trealose di-hidratada, poloxaleno, albumina sérica humana, fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico di-hidratado, cloreto de potássio e cloreto de sódio. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injetáveis. Sem adjuvantes e conservantes.

Indicação

Dengvaxia®: crianças a partir de 6 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos. A vacina é recomendada somente para pessoas previamente infectadas por um dos vírus da dengue (soropositivos).

QDenga®: crianças a partir de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos, tanto soronegativos como soropositivos para dengue.

Contraindicações

  • Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina;
  • Gestantes;
  • Mulheres amamentando;
  • Imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias imunossupressoras;
  • Pessoas que vivem com o vírus HIV, sintomáticas ou assintomática, quando acompanhado por evidência de função imunológica comprometida.

Importante: A Dengvaxia® também é contraindicada para pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue (soronegativos).

Esquema de doses

Dengvaxia®: três doses, com intervalo de seis meses.

QDenga®: duas doses, com intervalo de três meses.

Via de aplicação

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação

  • Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda de intensidade moderada a grave;
  • A vacinação de pessoas que vivem com o vírus HIV/AIDS deve ser avaliada pelo(a) médico(a), que pode prescrever a vacina se não houver comprometimento do sistema imunológico;
  • Em pacientes que receberam imunossupressores e/ou doses elevadas de corticosteroides sistêmicos por duas semanas ou mais, é preciso adiar a vacinação até a função imunológica estar restaurada, de acordo com a avaliação do médico assistente;
  • A vacinação de pessoas com enfermidades que cursam com imunocomprometimento deve ser avaliada pelo médico assistente;
  • Mulheres em idade fértil devem evitar engravidar por quatro semanas após vacinação.
  • Verificar histórico prévio de adoecimento por dengue, já que a Dengvaxia® é contraindicada para pessoas que não infectadas previamente (soronegativas), pois há risco aumentado de hospitalização e dengue com sinal de alarme nesses indivíduos se adoecerem após vacinação.

Efeitos e eventos adversos

  • Reações adversas mais relatadas: dor de cabeça, dor no local da injeção, mal-estar e mialgia.

Geralmente são de gravidade leve a moderada, de curta duração (até três dias), tipicamente observadas em até três dias após a vacinação e mais frequentes após a primeira dose. Em decorrência de viremia pelo vírus vacinal, pode ser observada febre de início tardio (até 30 dias após vacinação).

  • Outras reações adversas possíveis: vermelhidão inchaço, hematoma e coceira no local da injeção, artralgia, fraqueza, febre, surgimento de gânglios (linfoadenopatia), náuseas e erupção cutânea.
  • Eventos graves são extremamente raros.

Onde podem ser encontradas

QDenga®: 

  • Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos;
  • Nos serviços privados de vacinação para toda a faixa de licenciamento.

Dengvaxia®: Nos serviços privados de vacinação.

O que previnem:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.

Do que são feitas:

Existem hoje duas vacinas disponíveis. Ambas são inativadas, portanto, incapazes de causar infecção.

Bexsero®:  composta por quatro componentes (três proteínas subcapsulares e vesículas da membrana externa do meningococo B), além de hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injeção.

Trumenba®: composta por duas proteínas subcapsulares das subfamílias A e B do meningococo B, além de cloreto de sódio, histidina, água para injetáveis, fosfato de alumínio, polisorbato 80.

Indicação:

Bexsero®:

  • Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
  • Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
  • Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

Trumenba®:

  • Para adolescentes e adultos jovens de 10 a 25 anos, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
  • Para viajantes dentro da faixa etária de licenciamento com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
  • Para pessoas entre 10 e 25 anos com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

Bexsero®:

  • Para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de duas doses e um reforço da vacina meningocócica B: aos 3 e 5 meses de vida e entre os 12 e 15 meses. O esquema, no entanto, pode variar de acordo com a idade de aplicação da primeira dose (ver quadro abaixo):
Faixa etária de início da vacinaçãoNúmero de doses do esquema primárioIntervalo entre dosesReforço
2 a 5 meses Duas doses 2 meses Uma dose entre 12 e 15 meses, com um intervalo de pelo menos 6 meses entre a série primária e a dose de reforço
6 a 11 meses Duas doses 2 meses Uma dose no segundo ano de vida, com um intervalo de pelo menos 2 meses entre a série primária e a dose de reforço
12 a 23 meses Duas doses 2 meses Uma dose, com intervalo de 12 a 23 meses entre a série primária e a dose de reforço
2 a 10 anos Duas doses 1 a 2 meses Não foi estabelecida a necessidade de reforços
Adolescentes
Adultos
Pacientes com asplenia funcional ou anatômica; deficiência do complemento; em uso de eculizumab ou ravulizumab A depender da idade Uma dose de reforço deve ser aplicada um ano após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. Além disso, revacinar a cada dois ou três anos.
  • Para adolescentes não vacinados anteriormente, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês.
  • Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês.
  • Grupos de alto risco, como pessoas vivendo com HIV, portadores de asplenia anatômica ou funcional, que tenham deficiência de complemento ou em uso de eculizumabe ou outros medicamentos biológicos que interferem na via do complemento: três anos após completar o esquema, tomar uma dose de reforço.

Trumenba®:

  • Para crianças e adolescentes saudáveis entre 10 e 25 anos: duas doses com intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
  • Se a segunda dose for aplicada em intervalo menor que seis meses, uma terceira dose deve ser aplicada com intervalo mínimo de quatro meses em relação à segunda dose.
  • Para grupos de alto risco para doença meningocócica invasiva (DMI), os esquemas primários, assim como a necessidade de reforços, são diferentes.

Atenção: as vacinas não são intercambiáveis. Se, por qualquer motivo, for aplicado produto distinto do usado anteriormente para qualquer dose do esquema, prosseguir com a próxima dose programada da vacina inicialmente aplicada, com no mínimo de um mês de intervalo em relação à última dose.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • A administração de paracetamol antes ou logo após a vacinação com a Bexsero® pode reduzir o risco de febre e não interfere na resposta imune à vacina.
  • Não são necessários outros cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Evitar aplicação simultânea da vacina Bexsero® com as vacinas tríplice bacteriana, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, para reduzir chance de febre alta após a vacinação.
  • A Trumenba® pode ser aplicada simultaneamente com as vacinas dTpa, dTpa-VIP e HPV.
  • Ambas as vacinas podem ser aplicadas no mesmo momento em que as vacinas meningocócicas ACWY ou C.

Efeitos e eventos adversos:

Bexsero®:

  • Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.
  • Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). Em 0,01% a 0,1% ocorrem urticária e outras reações alérgicas. Até o momento não foi observada anafilaxia.
  • Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor. A dor pode ser muito intensa, atrapalhando a realização das atividades cotidianas. Não é conhecido o risco para anafilaxia, e reações alérgicas graves não foram verificadas durante os estudos com a vacina.

Trumenba®:

  • Podem ocorrer (mais de 10% dos vacinados) febre, cefaleia, diarreia, náuseas e vômitos, mialgia e artralgia, cansaço, calafrios e dor, edema e vermelhidão no local da aplicação. Geralmente, são quadros de intensidade leve a moderada e transitórios.

Onde pode ser encontrada:

Nos serviços privados de vacinação.

Saiba mais:

Perguntas e respostas sobre meningites

O que previnem:

Há quatro vacinas pneumocócicas conjugadas disponíveis no Brasil: a VPC-10; a 10-valente (VPC10), a 13-valente (VPC13), a 15 valente (VPC15) e a 20-valente (VPC20). Elas previnem, respectivamente, 10, 13, 15 e 20 tipos de pneumococos, bactérias que são responsáveis por doenças graves, como pneumonia e meningite.

Do que são feitas:

  • São vacinas inativadas, portanto, não têm como causar as doenças.
  • A VPC10 é composta por dez sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo), oito deles conjugados com a proteína D do Haemophilus influenzae tipo b, um com o toxoide tetânico e outro com toxoide diftérico. Contém também cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção.
  • A VPC13 é composta por sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção.
  • A VPC15 é composta por 15 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 20, água para injetáveis e alumínio (como adjuvante fosfato de alumínio).
  • A VPC20 é composta por 20 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também fosfato de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80.

Indicações:

  • No PNI, a vacina utilizada na rotina é a VPC10, para crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias. A SBIm indica como rotina para a vacinação de crianças entre 2 meses até antes de completarem 6 anos de idade as vacinas VPC20 ou VPC15. Elas ampliam a proteção, pois contêm mais sorotipos, incluindo os principais responsáveis por doença pneumocócica invasiva no Brasil atualmente.
  • Para crianças a partir de 2 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas existem duas opções para imunização: ou uma dose de VPC20 ou esquema sequencial com a vacina conjugada VPC15 (ou VPC13, na impossibilidade da VPC15) e a polissacarídica VPP23.
  • Para pessoas a partir de 60 anos, a SBIm recomenda como rotina uma dose de VPC20 ou esquema sequencial de com as vacinas VPC15 (ou VPC13, na impossibilidade de VPC15) e VPP23. A vacinação pode ser iniciada a partir dos 50 anos, a critério médico.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia após usar algum componente das vacinas ou após dose anterior das vacinas.

Esquemas de doses:

VPC10

É a vacina disponível nas UBS, integrada no calendário infantil do Ministério da Saúde.

  • O Programa Nacional de Vacinação adota esquema de três doses na rotina de vacinação infantil: duas doses de VPC10 no primeiro ano de vida, com intervalo mínimo de 2 meses, e uma dose de reforço aos 12 meses de idade. A vacina está disponível nos postos de saúde para crianças de até 4 anos, 11 meses e 29 dias não vacinadas ou que precisam atualizar o calendário. Nos CRIEs, para algumas comorbidades, também está disponível uma terceira dose durante o primeiro ano de vida (saiba mais)
  • Crianças menores de 6 anos que iniciaram ou completaram o esquema de vacinação com a VPC10 serão beneficiadas caso recebam a VPC13, a VPC15 ou a VPC20. O intervalo mínimo após a administração da VPC10 é de 1 mês (ou 4 semanas). O esquema e o número de doses das vacinas com maior valência (VPC13, VPC15 ou VPC20) dependem da idade da criança no momento da administração da primeira dose:
    • Uma dose;
    • Para crianças com doenças crônicas que aumentam a vulnerabilidade a infecções pneumocócicas, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).
    • Entre 2 e 6 meses: três doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade;
    • Entre 7 e 11 meses: duas doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade;
    • Entre 12 e 24 meses: duas doses com intervalo de dois meses;
    • Entre 2 e 5 anos de idade:

VPC13, VPC15 e VPC20

  • A SBIm recomenda o uso preferencial das vacinas VPC20 ou VPC15 sempre que possível. Na impossibilidade, utilizar a vacina VPC13. A incidência dos sorotipos adicionais — especialmente o 3 e o 19A, compartilhados por essas três vacinas — são associados à resistência a antibióticos e à maior parte dos casos graves da enfermidade (doença invasiva) no Brasil.
  • Na rotina, o esquema deve ser iniciado aos 2 meses de idade, com três doses (aos 2, 4 e 6 meses) e um reforço entre 12 e 15 meses.
  • Em caso de atraso do início da vacinação, o esquema dependerá da idade da criança no momento em que a primeira dose de VPC15 ou VPC20 for aplicada:
    • Até 6 meses: três doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 3 + 1);
    • Entre 7 e 11 meses: duas doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1);
    • Entre 12 e 24 meses: duas doses com intervalo de dois meses (esquema 1 + 1);
    • A partir de 24 meses: dose única.
  • Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos não vacinados que tenham alguma doença crônicas que aumenta o risco para doença pneumocócica invasiva: Dose única de VPC20 ou esquema sequencial, com uma dose de VPC15 (ou VPC13, se não for possível a VPC15), uma dose de VPP23 de 6 a 12 meses depois e outra dose de VPP23, no mínimo cinco anos após a anterior.
  • A partir dos 60 anos, a vacinação contra a doença pneumocócica é recomendada como rotina. Pode ser administrada dose única de VPC20 ou esquema sequencial, com uma dose de VPC15 (ou VPC13, se não for possível a VPC15), uma dose de VPP23 de 6 a 12 meses depois e outra dose de VPP23, a partir de cinco anos após a anterior.
  • Fluxograma de vacinação para pessoas com comorbidades a partir de 2 anos de idade e de rotina para pessoas a partir de 60 anos
    fluxograma vacinacao comorbidades 2 anos rotina 60 anos
  • Fluxograma para a atualização da vacinação, de acordo com histórico vacinal, para pessoas com comorbidades e pessoas a partir de 60 anos de idade
    fluxograma atualizacao vacinacao

Intercambialidade

A intercambialidade entre as vacinas VPC13, VPC15 e VPC20 foi avaliada por ensaios clínicos que compararam os níveis de anticorpos estimulados por esquemas completos de cada uma das vacinas com os produzidos por todas as possibilidades de intercâmbio.

A concentração de anticorpos específicos após a dose de reforço nos esquemas mistos foi adequada e equivalente à verificada em indivíduos que completaram o esquema com apenas uma das vacinas. A intercambialidade é, portanto, respaldada cientificamente em qualquer ponto do esquema vacinal, independentemente da vacina conjugada administrada na(s) primeira(s) dose(s).

Caso a VPC10 tenha sido utilizada, para prevenir os principais sorotipos responsáveis por doença grave no Brasil atualmente (3 e 19A), deve ser adotado o esquema completo recomendado para a idade em que a primeira dose de vacina com maior valência (VPC13, VPC15 ou VPC20) for aplicada.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Efeitos e eventos adversos:

  • VPC10 – Dor, inchaço e vermelhidão são relatados por 38,3% dos vacinados. Entre os sintomas gerais, irritabilidade é o mais comum (52,3%). Em mais de 10% ocorre sonolência, perda de apetite e febre. Entre 0,1% e 0,01% dos vacinados (crianças com até 5 anos) apresentam dificuldade respiratória, diarreia, vômitos, choro persistente. Erupções na pele e convulsões ocorrem em menos de 0,01% dos vacinados.
  • VPC13 – Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorre: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Pode haver, ainda, diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Até 1% dos vacinados apresentam por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia. Entre adultos, mais de 10% podem apresentar diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço); em até 10% ocorrem vômitos e febre e menos de 1% dos vacinados relatam náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado.
  • VPC15 – As reações adversas mais frequentemente relatadas após cada dose de VPC15 são irritabilidade, febre ≥38°C, sonolência, dor, edema, endurecimento e eritema no local da injeção, diminuição do apetite, irritabilidade. A maioria das reações adversas solicitadas é leve a moderada e de curta duração (≤3 dias). Reações graves ocorreram em até 1,5% dos vacinados (crianças e adultos), mesmo naqueles com condições especiais de saúde. Entre adultos, pode haver dor, eritema e inchaço no local da injeção, fadiga, cefaleia, artralgia mialgia e artralgia também leves e de curta duração (≤ 3 dias).
  • VPC20 - As porcentagens de pacientes com eventos adversos após a VPC20 foram geralmente semelhantes ou pouco mais frequentes do que as observadas após VPC13. Os eventos mais frequentemente relatados após qualquer dose foram de irritabilidade, sonolência e dor no local da injeção.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Onde podem ser encontradas:

Saiba mais:

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