Pessoas com doenças autoimunes
Por que o cuidado especial?
As doenças autoimunes (DAI), entre as quais as reumatológicas, são um conjunto de condições que se caracterizam por um mal funcionamento do sistema imunológico, que passa a atacar diferentes tecidos saudáveis do próprio organismo, levando a quadros inflamatórios e/ou comprometimento da resposta imunológica. Estima-se que de 5 a 7% da população mundial — em especial as mulheres — tenham alguma dessas enfermidades, que, juntas, estão entre as principais causas de adoecimento e mortalidade naturais.
Os fatores desencadeantes podem ser muitos, o que com frequência torna a identificação inviável. Eventualmente, a causa pode ser hereditária. Os sintomas variam de acordo com a DAI e o(s) órgão(s) afetado(s).
O tratamento das enfermidades utiliza drogas imunossupressoras com o objetivo enfraquecer em graus variáveis o sistema imunológico, para evitar ou minimizar as autoagressões. A estratégia, no entanto, infelizmente aumenta o risco de infecções e prejudica a resposta às vacinas, essenciais para a proteção desses pacientes.
Particularidades para a vacinação
- Pessoas sem comprometimento imunológico devem ser vacinadas de acordo com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
- Sempre que possível, todas as vacinas indicadas devem ser aplicadas antes do início da terapia imunossupressora, tanto por segurança quanto para conseguir melhor eficácia vacinal. Para as vacinas inativadas, é recomendado terminar os esquemas idealmente duas semanas antes do tratamento. Para as atenuadas, pelo menos quatro semanas antes (ou no mínimo 15 dias, se o prazo maior for inviável);
- Para vacinas aplicadas durante o tratamento com medicações imunossupressoras, a necessidade de revacinação após o fim da terapia e o restabelecimento do sistema imunológico deve ser avaliada;
- Vacinas vivas atenuadas podem estar contraindicadas enquanto houver imunodepressão moderada a grave. Pessoas em contato domiciliar ou frequente e as equipes responsáveis pelo atendimento do paciente imunodeprimido precisam estar com seus calendários em dia, de acordo com as recomendações para as faixas etárias, a fim de reduzir o risco de transmissão. Saiba mais nos Calendários de Vacinação SBim para cada faixa etária e no Calendário Nacional de Vacinação do PNI.
Vacinas especialmente recomendadas
As recomendações a seguir destinam-se às pessoas com doenças autoimunes que estão imunodeprimidas (pela condição ou tratamento) e não têm enfermidades crônicas adicionais. Na presença de outros quadros, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.
Influenza (gripe)
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a 3V.
Esquema de doses
- Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose anual nos anos seguintes;
- A partir dos 9 anos de idade: uma dose anual;
- Observações:
- Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
- Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
- Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
- Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
- Vacina influenza quadrivalente “high dose” (4VHD): serviços privados de vacinação.
Vacinas pneumocócicas: conjugadas (VPC10 e VPC13) e polissacarídica (VPP23)
Para a proteção adequada de pessoas com doenças autoimunes, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes: iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas a imunodepressão. A vacina VPC13 não está disponível no sistema público para pacientes com doenças autoimunes.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
Nas UBS e nos CRIE
- Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até os 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
- Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
- Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
- Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
- A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com intervalo de cinco anos.
Recomendações SBIm
A SBIm recomenda para pessoas com doenças autoimunes a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para as que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e os intervalos dependem da idade de início da vacinação:
- Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
- Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
- Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 a partir dos 24 meses de idade, pelo menos dois meses após a segunda VPC13. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
- A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
- A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
- Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
- Observação: aqueles que iniciaram o esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
- VPC10:
- UBS e/ou CRIE: as UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
- VPC13:
- Serviços privados de vacinação.
- VPP23:
- CRIE: duas doses;
- Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Haemophilus influenzae b (Hib)
A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas com doenças autoimunes, o risco permanece.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
- Entre 2 e 6 meses: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
- Entre 7 e 11 meses: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
- A partir de 1 ano de idade não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de dois meses.
- Pessoas que não receberam o reforço após os 12 meses de idade, independentemente da faixa etária: uma dose. Se imunodeprimidas, duas doses com intervalo de dois meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
- UBS: para menores de 5 anos, com a vacina combinada penta de células inteiras (DTPw-HB/Hib);
- CRIE:
- Para pacientes em uso de imunossupressores até 7 anos: vacinas combinadas acelulares penta (DTP-HB/Hib) e hexa (DTPa-HB-VIP/Hib);
- Para pacientes em uso de imunossupressores, independentemente da idade: vacina Hib isolada;
- Serviços privados de vacinação: vacinas combinadas acelulares penta (DTPa-VIP/Hib) ou hexa (DTPa-HB-VIP/Hib) e vacina Hib isolada.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Meningocócicas conjugadas (MenC ou ACWY)
Sempre que possível, preferir a vacina meningocócica conjugada ACWY, pois ela oferece proteção contra mais tipos de meningococos.
Esquema de doses
O esquema de doses primário depende da idade de início da vacinação:
- Crianças menores de 1 ano e adolescentes: consutar calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
- Crianças entre 1 e 2 anos: uma ou duas doses, com intervalo de dois meses, a depender do fabricante da vacina.
- A partir de 2 anos:
- Sem imunodepressão: uma dose;
- Imunodeprimidos: duas doses, com intervalo de dois meses.
- Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY aos 5, 11 e 16 anos ou com intervalos de 5 anos na infância e adolescência. Além disso, para pessoas com doenças autoimunes, reforços a cada cinco anos ao longo de toda a vida, enquanto durar a imunodepressão.
- Crianças entre 1 e 2 anos: uma ou duas doses (com intervalo de dois meses), a depender do fabricante da vacina.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
MenC:
- UBS: para menores de 5 anos;
- CRIE: duas doses e doses de reforço a cada cinco anos;
- Serviços privados de vacinação.
- UBS ou CRIE: para adolescentes de 11 e 12 anos;
- Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Meningocócica B
Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Esquema de doses
- Crianças e adolescentes: consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
- Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses ou de seis meses (a depender da vacina). O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.
Onde se vacinar
- Serviços privados de vacinação.
Hepatite A
Esquema de doses
- Crianças a partir de 1 ano: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, com intervalo de seis meses, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo de seis meses entre as doses;
- Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
- Nas UBS: uma dose para menores de 5 anos. A segunda dose deve ser aplicada no CRIE;
- Nos CRIE: duas doses para pacientes a partir de 1 anos de idade em uso de drogas imunossupressoras;
- Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Hepatite B
O esquema de vacinação a ser adotado depende da presença ou não de imunodepressão no momento da vacinação.
Esquema de doses
- Para imunocompetentes: três doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (esquema 0 - 1 - 6 meses).
- Para imunodeprimidos: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
- É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti- HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti- HBs for inferior a 10 mUI/ml, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado, uma única vez.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
- CRIE e serviços privados de vacinação.
- Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
HPV4
Esquema de doses
- Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
- UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
- CRIE: três doses para pessoas de 9 a 26 anos de ambos os sexos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
- Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Pólio inativada (VIP)
A vacina pólio inativada (VIP) deve ser usada em todas as doses do esquema vacinal, uma vez que a vacina pólio oral (VOP) é contraindicada para pessoas com câncer e doenças autoimunes em vigência de imunossupressão.
Esquema de doses
- Consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
- UBS: três primeiras doses. Os reforços para crianças de 15 meses e 4 anos de idade devem ser recebidos nos CRIE;
- CRIE: formulação isolada (VIP) e vacinas combinadas acelulares penta (DTPa- VIP/Hib) e hexa (DTPa-HB-VIP/Hib);
- Serviços privados de vacinação: vacinas combinadas acelulares dTpa-VIP, penta (DTPa- VIP/Hib) e hexa (DTPa-HB-VIP/Hib).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Varicela
Está especialmente recomendada para pacientes com doenças autoimunes e/ou que vão iniciar imunussupressão, mas é contraindicada nos pacientes já imunossuprimidos. Se imunocompetente, recomendar de acordo com os calendários SBIm para cada faixa etária.
Esquema de doses
- A partir de 12 meses: duas doses, com intervalo de três ou um mês, a depender da idade;
- Como rotina nas UBS, as doses são aplicadas aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A SBIm e os CRIE indicam essas doses aos 12 meses e entre os 15 e 24 meses de idade.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
- Nas UBS: duas doses para crianças entre 12 meses e menores de 5 anos;
- Nos CRIE e nos serviços privados de vacinação: a partir de 12 meses de idade.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Herpes-zóster
A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para imunodeprimidos a partir de 18 anos, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA). O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.
Quando possível, administrar a vacina antes do início do tratamento com imunossupressores. Se não for viável, vacinar no melhor momento, evitando período de maior imunossupressão. Em pacientes em uso de anticorpos monoclonais anticélulas B, como rituximab, a vacina deve idealmente ser administrada pelo menos quatro semanas antes da próxima dose do medicamento.
Esquema de doses
- Duas doses, com intervalo de 2 meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
- Serviços privados de vacinação.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Para esquema de doses e disponibilidade, ver calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
- Tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa) e suas combinações (combinadas à DTPa e tríplice bacteriana de células inteiras com Hib e hepatite B);
- Tríplice bacteriana do tipo adulto (dTpa) e tríplice bacteriana do tipo adulto com poliomielite (dTpa-VIP);
- Dupla bacteriana do tipo adulto (dT).
Vacinas de vírus vivos atenuados — BCG, pólio oral (VOP), dengue, febre amarela, herpes-zóster atenuada, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e varicela— podem estar recomendadas, com restrições:
- Em vigência de imunodepressão grave: contraindicadas;
- Em vigência de imunodepressão moderada: o médico deverá avaliar individualmente parâmetros clínicos e o risco epidemiológico (surtos, contato com doente, viagem) para tomada de decisão sobre a vacinação;
- Bebês de mulheres que receberam drogas imunodepressoras durante a gestação: avaliar se há contraindicação para as vacinas BCG e rotavírus. A administração da BCG pode ser adiada para entre o sexto e o oitavo mês de vida.
Vacinação de contatos domiciliares
A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com doenças reumatológicas ou outras autoimunes estejam em dia com os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:
- Influenza trivalente (3V): anualmente;
- Varicela: duas doses para pessoas a partir de 12 meses que não tiveram a doença e não foram vacinadas;
- Pólio inativada (VIP): em substituição à vacina poliomielite oral (VOP), quando recomendada nos calendários;
- Vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela): duas doses, para suscetíveis acima de 12 meses.
Saiba mais: